Política
Para Teles Júnior, Temer tem capacidade política para continuar governando o país
Titular da Seplan pondera, entretanto, que qualquer nome que venha a ocupar o Palácio do Planalto terá que fazer as reformas previdência e trabalhista para que o Brasil continue crescendo

Ao avaliar o cenário nacional diante das crises institucional, econômico e política, o economista Antônio Teles Júnior, titular da secretaria de estado de Planejamento (Seplan) afirmou na manhã desta quarta-feira (05) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) que Michel Temer (PMDB) possui capacidade política para se manter na Presidência da República, mas ponderou que, em caso de revés (por conta das denúncias que estão sendo analisadas na CCJ da Câmara dos Deoutados), qualquer um que sucedê-lo no Palácio do Planalto terá que aprovar não só as reformas trabalhista e previdenciária, como também a política.
“A corrupção é vasta, mas a crise econômica tem outra natureza, porque é o principal problema do pais; estamos falando 14 milhões de empregados e enfrentando a maior recessão econômica no pais, que desde a época de D. Pedro I aconteceu; não creio que o Temer vá entrar numa agenda suicídio e evitar as reformas, e creio que antes de 2018 elas serão votadas; o Michel Temer tem uma capacidade politica muito forte, e por isso acredito que ele vai se blindar politicamente, mas é obvio que ele sabe que depende da aprovação das reformar para o Brasil voltar a entrar nos trilhos”.
Sobre a postura que o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) vai adotar com relação à apuração das denúncias contra Temer, considerando que ele é o primeiro atualmente na linha sucessória, Teles Júnior comentou: “Temos o exemplo do próprio Temer que, na condição de vice-presidente se posicionou favoravelmente ao impeachment da Dilma; só que, como diz o ditado popular, cavalo selado não passada duas vezes; a ciência politica é muito subjetiva, não dá pra fazer previsão; na minha opinião o Rodrigo Maia, apesar de jovem, é um político experiente, de família de tradição no Rio de Janeiro e vai saber como agir. O fato é que independente de Temer ou Rodrigo Maia, ou qualquer outro, não haverá qualquer solução fora das reformas; qualquer outra eventual saída é demagogia; o Brasil tem que fugir dessa agenda oportunistas, porque reforma é o que pode solucionar os problemas do pais”.
Para Teles Júnior, a crise tem que ser debitada à classe política: “A classe politica sempre se recusou a fazer reforma politica, sempre teve ‘caixa 2’; o financiamento de campanhas por empresas é histórico no país; agora os políticos têm que enfrentar uma reforma que veio na marra, porque senão em 2018 ninguém vai ter condições de fazer campanha; a classe politica está pagando um preço muito alto por não ter feito antes a reforma politica. Enquanto isso não acontecer, a Lava Jato vai ser recorrente, porque se não fizer reformar politica esses fatos (corrupção) vão se repetir nos próximos anos”.
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