Política

Patrícia Ferraz é condenada pelo TRE/AP e fica inelegível por 8 anos

Uma semana depois de renunciar ao cargo de secretária municipal para concorrer ao cargo de deputada federal, Patrícia Ferraz perdeu os direitos políticos por 8 anos, mas promete recorrer ao TSE.


Cleber Barbosa
Dda Redação

 

O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE/AP) condenou a ex-secretária de Ação Social da Prefeitura de Macapá, odontóloga Patrícia Ferraz, à perda do diploma de suplente de deputada federal, obtido em 2018, sob a acusação de abuso do poder econômico. Com isso, Ferraz se tornou inelegível por 8 anos.

O desembargador João Lages, corregedor do TRE, acolheu a representação do Ministério Público Eleitoral, para cassar o diploma da suplente de deputada federal, aplicando ainda a multa de 5 mil UFIR por captação ilícita de sufrágio. “Voto pela aplicação da sanção da inelegibilidade para as eleições que se realizarem nos oito anos subsequentes”, disse o desembargador, referente à ação de investigação judicial eleitoral contra Patrícia Ferraz e Kelson Cruz da Silva.

 

Julgamento
A sessão ocorreu de forma híbrida, estando na Plenária o presidente do TRE Amapá, desembargador Gilberto Pinheiro, o vice-presidente e corregedor regional eleitoral, desembargador João Lages, o procurador regional eleitoral Pablo Luz Beltrand, e os juízes Rivaldo Valente, Matias Pires Neto, Augusto Leite, Orlando Vasconcelos e, por videoconferência, o juiz Mário Junior.

 

Recurso
Em nota, Patrícia Ferraz disse ter recebido com profunda tristeza e descontentamento a decisão proferida pelo TRE e anunciou que irá buscar a reforça da sentença em recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a tempo de conseguir disputar as eleições de outubro. “Sempre fiz um trabalho honesto e transparente, atuando dentro da legalidade, como alguém que repudia todo e qualquer ato de maldade e trapaça”, ponderou Patrícia.

Ela também falou sobre o projeto social que ensejou sua condenação pela Justiça Eleitoral, que visa garantir atendimento odontológico às pessoas em vulnerabilidade. Disse que sempre seguiu todas as determinações da legislação eleitoral, inclusive quanto ao funcionamento fora do período de eleição. “Respeito a decisão tomada pelo TRE, mas jamais deixarei de lutar contra a injustiça cometida que procurou afetar não somente o meu trabalho, mas a imagem e a credibilidade que construí ao longo de minha vida profissional e política. Tenho fé que esse é só mais um obstáculo a ser vencido”, completou Patrícia Ferraz.


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