Política

Paulo Lemos lamenta morte e exalta qualidades de vereadora do Rio de Janeiro

Segundo o deputado, Marielle Franco era cotada para ser candidata ao governo pelo PSOL.


Em entrevista concedida ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) o deputado Paulo Lemos (PSOL) lamentou a morte da vereadora Marielle Franco, de 38 anos, ocorrida nesta quarta-feira (14) no Rio de Janeiro. Informações preliminares dão conta de que a vereadora, que é do mesmo partido do deputado, teve o seu carro emparelhado por outro veículo na Rua Joaquim Palhares, no Estácio (Zona Norte) quando voltava de uma roda de conversa com moradores do bairro da Lapa e foi atingida por vários disparos. O motorista de Marielle também morreu e uma assessora ficou ferida.

 

“Nós estamos muito tristes com a morte da vereadora Marielle Franco, 38 anos. Ela era uma liderança muito forte não apenas no Complexo da Maré, sua principal base eleitoral, mas em todo o Rio de Janeiro, tanto que foi a 5ª mais nas últimas eleições com quase 50 mil votos. É muito voto! Pra se ter ideia, aquele ex-deputado do Pará, o Babá, candidatou-se a vereador no Rio e teve pouco mais de 6 mil votos. Ela era uma guerreira, negra e pobre, participava ativamente em defesa dos negros e negras do país, inclusive com chance de ser candidata a governadora pelo PSOL nas eleições de outubro”, relatou.

 

Para o deputado, a dinâmica utilizada no crime aponta para execução: “Tudo indica que tenha sido execução em função primeiras informações que temos, isto é, um veículo emparelhou o outro e do seu interior foram disparados vários tiros e não levaram nada. Ela foi morta em um momento de muita tensão e era responsável por uma comissão especial da Câmara quefoi criada para acompanhar essa intervenção no Rio, lembrando que no último dia 10 ela publicou um texto nas redes sociais denunciando abusos de policiais do 41º Batalhão da Polícia Federal na Favela do Acari. Ela lutava contra o autoritarismo, principalmente na área de segurança pública e era muito forte nas redes sociais, exercia muita influencia e a luta dela incomodava muita gente. Pelo modus operandi e informações que tive em contatos com o pessoal do RJ a gente percebe que foi execução mesmo”.


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