Política

Piaba sai da cadeia e agora retoma mandato de vereador em Calçoene

Preso há mais de 90 dias, alvará de soltura foi concedido pelo juiz federal Anselmo Gonçalves, que atendeu Habeas Corpus impetrado pelos advogados Helder Afonso e Paulo Campello.


Beneficiado por alvará de soltura concedido pelo juiz federal Anselmo Gonçalves, o vereador Raimundo Piaba já está em liberdade e agora vai retomar o seu mandato de vereador por Calçoene. O pedido de liberdade provisória que ensejou a soltura de Piaba, que já estava preso há mais de 90 dias, acusado de envolvimento na Operação Minamata, foi feito pelos advogados Helder Afonso e Paulo Campello.
Perguntado na manhã desta terça-feira no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) sobre os argumentos usados para convencer o juiz, que é tido como ‘duro’ em suas decisões, Helder Afonso respondeu que, além de não haver prova da participação do vereador no suposto esquema criminoso investigado pela Operação Piaba, o excessivo tempo de prisão foram fatores determinantes para a obtenção da liberdade.

 

“O nosso vereador está segregado há mais de 90 dias e por meio de pedido de liberdade provisória que foi feito juntamente com o doutor Paulo Campello conseguimos convencer o doutor Anselmo que não havia mais razoes para a manutenção da prisão, e também por conta de que ele é vereador, não funciona como acionista, cotista ou até mesmo investidor na Coogal (Cooperativos dos Garimpeiros do Distrito de Lourenço). Na realidade houve grande equivoco na segregação do vereador Piaba e na instrução penal nós vamos provar a inocência dele. Piaba é vereador por mais de quatro mandatos, é pobre e apenas defende os interesses da população de Calçoene, que sofre por causa da suspensão de lavra. O trabalho dele foi tão somente tentar articular com órgãos de governo para que população de calçone pudesse usufruir da operação de lavras; as ligações telefônicas dele explicam bem isso, o problema é a interpretação que se dá pra isso, pois geralmente a pessoa fala ‘a’ e interpretam ‘b’. Caso tivesse há tanto tempo trabalho escravo na região de Calçoene teria que ter sido presa muita gente, pois em Calçoene tem MP (Ministério Público), delegado de policia e juiz, e não passaria pelo crivo fiscalizatório do MP se lá tivesse trabalho escravo”, analisou.

 

O advogado reforçou a inocência de Piaba: “As acusações contra o Piaba na denúncia são associação criminosa e redução a trabalho escravo, não tem como, ele é vereador, nem tem nenhum nexo de causalidade com a direção da Coogal. Ele é um homem sem posses, tanto que o MP não levou para os autos nenhum documento mostrando que piaba tenha recebido vantagem indevida no curso da Operação Minamata, que está na sua 2ª fase. O Piaba tem quatroc mandatos de vereador, o que mostra que é um bom vereador, Na fase da instrução penal nós vamos levar todos os elementos de prova e mostrar para o juízo que o vereador Piaba nada tem a ver com essa situação e volta para os braços da comunidade, para, como vereador, continuar trabalhando pela população”.


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