Política

Preso na Operação Sangria, prefeito de Calçoene é afastado do cargo por decisão da Câmara de Vereadores

Foi criada uma Comissão Parlamentar de Inquérito para acompanhar as ações do Ministério Público no município


Paulo Silva
Editoria de Política

A Câmara Municipal de Calçoene afastou o prefeito Jones Fábio Nunes Cavalcante (PPS) que está preso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN) desde março ao ser apanhado na Operação Sangria, deflagrada pelo Ministério Público do Amapá. O prefeito é acusado de desviar recursos do município e de comandar uma esquema da fraudes em licitações em Calçoene em outros municípios, que pode, segundo o Ministério Público do Amapá (MP-AP) ter provocado um rombo de R$10 milhões.

Além de afastar o prefeito, que será notificado para apresentação de defesa, os vereadores de Calçoene criaram uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para acompanhar as ações do Ministério Público no município. Quem está como prefeito desde a prisão de Jones e o vereador Júlio Sete Ilhas (MDB), presidente da câmara.

Denunciado em ação penal criminal e preso por determinação do desembargador Manoel Brito, do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), Jones também é alvo de uma ação por ato de improbidade administrativa ingressada na Vara Única da Comarca de Calçoene, assinada pela promotora de Justiça Christie Damasceno Girão, que pede seu afastamento do cargo por medida judicial e a indisponibilidade de bens até o valor de R$ 149.700,00.   </ span>

Para a promotora, o afastamento do prefeito trata-se de medida imperiosa para a cessação dos prejuízos aos cofres públicos e enriquecimento ilícito, sendo também medida fundamental para que eventuais provas presentes ou futuras não se percam.

Também são alvos da ação de improbidade: Augusto Ricardo Barreto de Araújo, Joelcy Mário Loureiro de Almeida e Alysson Wander Florêncio da Silva.

A ação de improbidade tem a ver com a contratação de forma direta e sem prévia licitação pública, da empresa M.M. LOUREIRO LTDA, de titularidade de apoiador político do prefeito Jones, para supostamente realizar os serviços de revitalização das residências na praia do Goiabal, bem como realizando pagamento sem que nenhum serviço fosse prestado. Mário Loureiro confessou, em oitiva, que é o responsável pela administração da empresa beneficiada pelo pagamento da nota fiscal fria. Além disso, compareceu a diversos eventos representando o município de Calçoene, conforme ata de aud iência pública juntada no PIC, na qual consta sua assinatura. O pedido de afastamento do prefeito Jones Cavalcante será decidido pela juíza Délia Silva Ramos.


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