Política

Programa de aprendizagem vai oportunizar mais qualidade ao ensino público no Amapá

Baseado em um modelo cearense, a iniciativa beneficiará mais de 15 mil estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental nas redes estadual e municipal


Com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino público, o governo do Amapá, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seed), em parceria com o governo do Ceará, lançou nessa quarta-feira, 31, o Programa de Aprendizagem no Amapá. A iniciativa beneficiará mais de 15 mil estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental matriculados nas redes estadual e municipal. O programa é a primeira ação do Regime de Colaboração entre o governo do estado e municípios.

O Programa de Aprendizagem no Amapá seguirá a metodologia utilizada no Programa de Aprendizagem na Idade Certa (MAIS PAIC), do governo cearense. Nele, são apoiadas ações que fomentem a aprendizagem dos alunos certificando que eles ingressem mais bem preparados no Ensino Médio. Será trabalhada a equidade dos alunos amapaenses em língua portuguesa e matemática, entre outras áreas de conhecimento, reforçando a qualidade dos conteúdos aplicados em sala de aula.

Para o governador Waldez Góes o Programa de Aprendizagem no Amapá é um importante passo para a transformação da educação amapaense. “Estamos desafiados a mudar a realidade em que vivemos com o compromisso do desenvolvimento humano investindo em formação e qualificação que eleve a qualidade da educação no Estado”, afirmou.

O programa vai oferecer cooperação técnico-pedagógica aos municípios para a implantação e implementação de propostas didáticas de alfabetização. A Seed vai disponibilizar aos municípios orientações sobre o programa, materiais didáticos e metodologias de ensino, entre outros suportes técnicos e de avaliação, cedidos pelo governo cearense. Em contrapartida, os municípios devem disponibilizar estrutura e apoio para a implantação do programa, além de sensibilizar os servidores e comunidade sobre a proposta de ensino.

O objetivo é garantir que nenhum aluno fique sem ler e escrever nos anos iniciais do ensino fundamental até o 5º ano, alfabetizando 100% das crianças até o fim do 2º ano do ensino fundamental. A ideia é subsidiar os alunos com o conhecimento equivalente à série correspondente para avançar nos demais níveis de escolaridade com a preparação adequada.

A secretária de Estado da Educação, Goreth Sousa, afirmou que é preciso enfrentar os desafios e melhorar os índices da educação com investimento nas séries iniciais. “Quanto maior o investimento nas séries iniciais, mais bem preparados os alunos chegarão ao ensino médio. Com isso, melhoramos a qualidade de vida do estudante, oferecendo uma nova dinâmica para que as escolas se fortaleçam e tragam resultados positivos”, ressaltou.

Espera-se que a criança ao fim do 2º ano do ensino fundamental seja capaz de identificar letras dentre várias formas gráficas, reconhecer uma determinada letra, conhecer uma mesma letra escrita em maiúscula ou minúscula, contar sílabas, ler com compreensão, entre outras capacidades básicas de leitura e escrita.  A meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE) reafirma que é preciso alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do terceiro ano do Ensino Fundamental.

O programa já contribuiu positivamente para o aumento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Estado nordestino. Na última avaliação do Ideb, realizada em 2015, o Amapá ficou na 21º posição na 4ª série e 5ª ano; na 21º posição na 8ª série e 9ª ano, e na 19º posição na 3ª série Ensino Médio, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O secretário de Eeucação do Ceará, Idilvan Alencar, apresentou os resultados do programa realizado no Estado nordestino e acredita que o Amapá tenha condições de alcançar o mesmo sucesso. “Assim como aconteceu no Ceará, é possível que o Amapá alcance melhores colocações no ranking da educação nacional”, disse.

O Programa de Aprendizagem no Amapá busca assegurar a conclusão dos estudos na idade recomendada e, assim, melhorar o fluxo, diminuindo a repetência, a evasão escolar e o abandono por meio do aprimoramento da qualidade de ensino. A expectativa é que o programa seja desenvolvido a partir do segundo semestre deste ano nos municípios que fizerem a adesão. Os gestores escolares e pedagogos receberão as primeiras orientações nesta quarta e quinta-feiras, 1º de junho.


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