Política

PSB contesta Roberto Góes e descarta aliança para as eleições de 2018

Em entrevista publicada na edição desta terça-feira do Diário do Amapá, deputado afirmou que conversas do PDT para uma futura composição incluem o PSB.


O vice-presidente da Executiva Regional do PSB no estado, José Ramalho, afirmou no início da noite desta terça-feira à reportagem do Diário do Amapá que a declaração do deputado federal Roberto Góes (PDT) sobre possibilidade de diálogo entre as lideranças dos dois partidos pra a formação de uma aliança visando as eleições de 2018 “é um equívoco”. Segundo ele, está “total e definitivamente descarta” a união por causa da “total falta de identidade” entre o PSB e o PDT no Amapá.

“Eu creio que aconteceu um equivoco por parte do deputado Roberto Góes, porque o que existe é uma conversação a nível nacional entre PSB, Rede, PT e PCdoB em torno de uma pauta única que é ‘Diretas Já’ para presidente da República, pauta esta que uniu as forças e os partidos desse campo. A nível de estado, porém, não há a mínima possibilidade de o PSB coligar com o PDT pelo fato de que somos adversários históricos, com programas de governo diametralmente opostos; não concordamos, por exemplo, com o parcelamento dos salários dos servidores, não aceitamos tirar mães do programa Renda Mínima, com a política que o governo do PDT adota na vigilância nas escolas e tantas outras coisas; há uma serie de fatores que inviabilizam de maneira definitiva uma eventual aliança com o PDT’.

Perguntado sobre as composições que o PSB pretende fazer no estado, José Ramalho disse que a prioridade é a consolidação de uma aliança com os partidos de esquerda: “O PSB busca uma aliança com partidos do campo de esquerda, aliança forte que envolva REDE, PSOL, PCdoB e o próprio PT. Para isso o PSB pode até abrir mão da cabeça de chapa para o governo, desde que fique assegurado um programa que busque trazer para a realidade do Amapá programas que realmente venham a beneficiar a população e o estado como um todo”.

Caso o senador Randolfe (Rede) não aceita disputar o governo, José Ramalho admitiu que o PSB pode lançar candidatura própria, mas ponderou que tudo vai depender da consolidação ou não de uma frente de oposição: “Nós queríamos ter o Randolfe como cabeça de chapa, mas se não for possível o PSB tem nomes, como o próprio senador Capiberibe; é um nome muito forte, que já foi governador e em cujo governo o Amapá teve um enorme desenvolvimento, e o ex-governador Camilo. Precisamos fechar um acordo com partidos de esquerda, e os nomes serão colocados nessa mesa de negociação”.

Indagado sobre que partidos o PSB não faz de jeito nenhum coligação, José Ramalhou não hesitou: “Não faremos de forma alguma aliança do com o PDT pelas razões que já citei, assim como também temos sérias diferença com o PMDB do senador Sarney e do ex-senador Gilvam Borges; eu diria que com essas lideranças que representam esses segmentos políticos temos dificuldades quase intransponíveis para superar”.

O outro lado
Consultado sobre a reação de Ramalho, RGóes rebateu:
“É ele o equivocado, e não eu. Na entrevista ao Melo não falei que já tinha conversado com o PSB, mas sim que o ‘PDT admitia dialogar até mesmo com o PSB de Capiberibe’ —e é o que todo bom político faz”, disse o pedetista.


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