Política

PT no Amapá aprova entrada no governo Waldez, mas dirigentes contrários prometem recorrer à direção nacional

Logo no início da reunião, foi questionada a legitimidade e legalidade da convocação extraordinária, uma vez que não teriam sido respeitados os dispositivos estatutários, o qual prever que reunião extraordinária só poderia ser convocada com a assinatura de pelo menos 1/3 dos membros do diretório.


No início da tarde deste sábado (18/11), após horas de reunião do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT-AP), que começou ainda pela manhã na sede do partido em Macapá, foi aprovada, por 19 votos a favor e 16 contra, a resolução que permite a entrada do PT no governo estadual de Waldez Góes (PDT). O grupo contrário promete recorrer da decisão local por meio de recurso junto à Executiva Nacional.

Logo no início da reunião, foi questionada a legitimidade e legalidade da convocação extraordinária, uma vez que não teriam sido respeitados os dispositivos estatutários, o qual prever que reunião extraordinária só poderia ser convocada com a assinatura de pelo menos 1/3 dos membros do diretório. A reunião fora convocada de forma unilateral pelo presidente Antônio Nogueira.

De acordo com o grupo contrário, a medida adotada por Nogueira de apressar a realização da reunião de forma extraordinária, pode ter relação com os encaminhamentos feitos dias atrás, durante a realização de uma videoconferência com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmam, onde a mesma teria sinalizado que há um diálogo muito avançado de reaproximação nacional do PT e do PSB, que estaria sendo articulado pelo senador João Capiberibe (PSB), vice-presidente nacional da legenda.

A proposta de resolução defendida pelo presidente do PT/AP, Antônio Nogueira e o vice-presidente, Marcos Roberto, que lideram a corrente Movimento PT, de aceitar o convite do governador Waldez Góes para indicar nomes para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) foi debatida durante cerca de 3 horas.

Um dos principais opositores da proposta foi o campo político liderado pelo ex-deputado Joel Banha (PT) e pelo jornalista Heverson Castro, que defendeu a não entrada do PT no governo Waldez, por entenderem que o PDT reúne uma coalizão de partidos como: PMDB, PPS, PSD, PR e PP, que para o PT apoiaram o golpe contra a presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016.

“Ir pro governo é aceitar uma aliança do candidato apoiado por Sarney do PMDB no Amapá, que foi um dos principais apoiadores do golpe contra a presidente Dilma”, disse o ex-deputado Joel Banha, membro da executiva estadual do PT.

O presidente do PT, Antônio Nogueira disse que a ida do partido para o governo servirá para ajudar no fortalecimento da eleição das bancadas estadual e federal em 2018. A resolução aceita o convite informal do governador Waldez Góes para assumir a Sema e inicia diálogos para uma aliança proporcional com um leque de partidos, dentre eles o PSD, PPS, PV e PCdoB.

“Mas, a própria direção nacional do PT condena alianças com os partidos golpistas PPS e PSD”, disse o ex-deputado Joel Banha que junto com o grupo contrário promete recorrer da decisão estadual.


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