Política

Randolfe fala sobre campanha com Lula e parcerias políticas no Amapá

O senador participou do programa radiofônico Luiz Melo Entrevista (Diário FM 90,9) nesta quinta-feira (03).


Railana Pantoja
Da Redação

 

O senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP) participou do programa radiofônico Luiz Melo Entrevista (Diário FM 90,9) nesta quinta-feira (03) e falou sobre o apoio à campanha presidencial do ex-presidente Lula (PT) e outros projetos políticos para o Amapá.

“Se não mudarmos o Brasil, não retomarmos a capacidade do governo federal de investir no Amapá, seja quem a gente eleger para o governo estadual, a situação não mudará. Então, diante desse quadro, dessa circunstância e dessa análise, foi que fiz a minha escolha. Lógico que agora tem o desafio que passa menos pelo candidato e mais pela necessidade de unidade dos partidos, e é pra isso que vou trabalhar para acontecer”, justificou Randolfe.

Questionado sobre os escândalos do governo Lula/PT, o senador relembrou que era “um dos principais críticos aos erros nesse aspecto no governo petista”. “Fui um dos primeiros a apoiar a operação Lava Jato, e também um dos primeiros a criticar quando ‘enveredou para onde enveredou’. O trabalho da operação foi desqualificado pelo próprio juiz, que se tornou ministro do governo mais corrupto da história. O governo mais corrupto não é aquele que mais tem notícias de corrupção; é aquele onde as notícias de corrupção são abafadas e os mecanismos de combate à corrupção são abafados”, garantiu.

Amapá
O senador era, até fevereiro, um dos nomes cotados para disputar o governo estadual em 2022. No entanto, Randolfe anunciou no dia 22 de fevereiro a desistência, para apoiar e ser coordenador da campanha presidencial de Lula. “A eleição caminha, inevitavelmente, para a escolha entre dois: ou a continuação do governo Bolsonaro, ou a reconstrução do país. E hoje só tem um nome [Lula] credenciado pelo povo brasileiro, expressado pelas pesquisas, para suceder. Vamos fazer o lançamento formal de Lula no dia 15 de março, em São Paulo, inclusive reunirá pessoas que já foram oposição ao PT no passado, é o meu caso”, adiantou o senador.

Para disputar o governo estadual, o partido Rede Sustentabilidade no Amapá lançou o nome de Lucas Abrahão. “Transferir meus votos para o nosso candidato é algo que passa menos por mim e mais pela unidade que devemos ter dos partidos do campo político democrático. Estou com afinco trabalhando nisso, ontem (2) conversei com o deputado Camilo Capiberibe (PSB), estou dialogando com o PT, PV e outros partidos do campo”, disse Randolfe.

O senador informou que pretende ter uma aliança com o PSB para colocar Lucas Abrahão e Piedade Videira (nome do PSB para o governo do Amapá) em uma só chapa. “Vou me esforçar para que as duas candidaturas sejam unificadas. Não sei se conseguirei, mas vou exercitar a capacidade de diálogo para isso, porque acho que neste campo político devemos ter apenas uma candidatura. Ainda temos um tempo para ter um cenário melhor configurado”, avaliou.

 

Amizade x Política
Após 30 anos de parceria política e pessoal, Randolfe Rodrigues e Clécio Luís, ex-prefeito de Macapá e pré-candidato ao governo estadual, seguiram caminhos diferentes. Mas, segundo o senador, as divergências são apenas políticas.

O mesmo acontece em relação ao senador Davi Alcolumbre, que já foi aliado de Randolfe. “Costumo separar relações políticas e pessoais. O senador Davi integra o União Brasil, nós estamos em campos políticos diferentes, é natural que agora tenhamos diferenças políticas. A mesma coisa com o Clécio, eu e ele tivemos uma trajetória política juntos, fomos forjados nos movimentos estudantis, nossos filhos cresceram juntos; então, seria uma tragédia se eu misturasse questões políticas e pessoais, sobretudo com o Clécio, com quem já estive historicamente junto. Não se apaga nada da vida e nem da história, ainda mais com 30 anos de relacionamento”, finalizou Randolfe Rodrigues.


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