Randolfe pede apoio do Papa na luta contra extinção da RENCA
O pedido foi feito nesta quarta-feira (30/8), durante reunião com o secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner.

O senador Randolfe Rodrigues (REDE – AP) recorreu à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) contra o decreto presidencial que extingue a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca) e libera a área para exploração mineral. Randolfe pede apoio da conferência para conseguir uma declaração do Papa Francisco em nome da luta pela Amazônia.
O pedido foi feito nesta quarta-feira (30/8), durante reunião com o secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner. Durante o encontro, Randolfe demonstrou o absurdo que é o decreto presidencial e destacou a importância da mobilização pela Amazônia.
Dom Leonardo, que compreende a relevância do assunto, afirmou que a CNBB está empenhada em declarar, por meio do presidente da Conferência, Dom Sérgio da Rocha, apoio à luta pela Amazônia, e, com isso, incentivar uma declaração de Vossa Santidade, o Papa Francisco.
O senador lembrou ainda que o impacto da mineração na Amazônia sempre resultou em tragédia e morte, além da péssima experiência que o estado teve, por exemplo, com a mineradora inglesa Zamim. “Por onde a mineração passou no Amapá deixou amplíssima devastação ambiental”
Vale lembrar:
O Papa Francisco dedicou sua última encíclica, em 2015, à questão ambiental. “A humanidade está convocada a tomar consciência da necessidade de realizar mudanças de estilo de vida, de produção e de consumo”, escreveu o Papa. Francisco foi além e acusou a “política e as empresas de não estarem à altura dos desafios mundiais”. Segundo ele, tudo isso ocorreu pelo “uso irresponsável dos bens que Deus colocou na Terra”.
“Se a tendência atual continuar, este século poderá testemunhar mudanças climáticas inéditas e uma destruição sem precedentes dos ecossistemas, com graves consequências para todos nós”, disse o Papa Francisco.
O pontífice continuou o recado alertando para a conscientização de cada um. “A humanidade é chamada a tomar consciência da necessidade de realizar mudanças de estilo de vida, de produção e consumo, para combater o aquecimento global ou, pelo menos, as causas humanas que o provocam e o agravam.”
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