Política

Randolfe se diz estupefato com pedido de Marco Feliciano para espancá-lo nas redes sociais

Senador fala que seu estado emocional não é tanto pelo teor da gravação, mas pelo fato de ter partido de alguém que em tese deveria ser mensageiro da fé cristã.


Douglas Lima

Da Redação

Estupefato. Foi como o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ficou ao tomar conhecimento do áudio enviado pelo deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP) ao presidente do PSL no Amapá, pastor Guaracy Júnior, pedindo a arregimentação de pessoas para espancá-lo nas redes sociais.

O parlamentar amapaense revelou o seu estado emocional, na manhã desta terça-feira, 5, no programa LuizMeloEntrevista (Diário FM 90,9), através da “live”nas redes sociais na TV Diário, diretamente de sua residência em Brasília. “Estou estupefato, nem tanto pelo teor da gravação, mas pelo fato de ter partido de alguém que em tese deveria ser mensageiro da fé cristã na Terra”, lamentou o senador.

Randolfe explicou que tudo começou no sábado, quando postou que iria acionar a Procuradoria Geral da República contra o presidente Bolsonaro, que havia declarado ter retirado as provas do caso Marielle Franco e do porteiro que citara seu nome para o ingresso do ex policial militar Élcio de Queiroz no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro.

Depois da postagem, o deputado Marco Feliciano entrou nas redes sociais, dizendo que caso Randolfe fosse à PGR, representaria contra ele, em virtude das declarações do presidente não terem sido criminosas. Randolfe replicou que Bolsonaro cometera crime, sim, ferindo o Código Penal. E acentuou que Marco Feliciano deveria estudar para rebater os outros.

“Ele saiu derrotado, no debate online, e no dia seguinte soubemos do áudio para o meu espancamento”, disse o senador no programa LuizMeloEntrevista. Perguntado se já fora procurado pelo pastor Guaracy Júnior e pastor Gesiel, outro citado no áudio, Randolfe disse que não, e que sua relação com os dois é boa, inclusive na última campanha política, também candidato ao Senado, Guaracy pedia voto para ele, para o próprio Randolfe Rodrigues como segunda opção.

Voltando ao deputado Marco Feliciano, o senador pelo Amapá pontuou que na política se pode ter divergências, mas não fazer dela um lugar de agressão e de conflito, principalmente partindo daqueles que estão nessa atividade com a missão de evangelizar. “As pessoas se entendem, debatendo, não pedindo para outros intercederem”, ainda disse Randolfe Rodrigues.


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