Política

Rommel Araújo toma posse como desembargador do Tribunal de Justiça do Amapá

Ele assumiu a vaga aberta com a aposentadoria voluntária do desembargador Raimundo Vales, ocorrida em maio.


Paulo Silva
Da Editoria de Política

Eleito esta semana pelo critério de merecimento, com 512,6 pontos, o juiz Rommel Araújo de Oliveira – 26 anos de magistratura – tomou posse na manhã desta sexta-feira (29/9) no cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP). Ele assumiu a vaga aberta com a aposentadoria voluntária do desembargador Raimundo Vales, ocorrida em maio.

Após a solenidade de posse no plenário do Tribunal de Justiça, Rommel Araújo proferiu emocionado discurso detalhando sua trajetória e ressaltando a importância de diversos personagens que fizeram parte dela. “Em momentos como esse é que olhamos para trás e percebemos quem nos acompanhou nesta trajetória, aqueles a quem chamamos de amigos”.

“Venho de uma família de classe média, surgida do amor de um nordestino que saiu do Maranhão recém-formado em Direito para ser taquígrafo na Câmara dos Deputados em Brasília e também advogado, meu pai Cícero, e também de uma linda mulher que tudo deixou para, casada, seguir para o Planalto Central, minha mãe Hildete”, narrou. “Juntos, em Brasília, os dois cresceram e nasceram minha irmã e eu”, complementou.

“Foi em Brasília, entre o melhor do rock nacional e os movimentos de Diretas Já que entrei, em 1984, para o curso de Direito”, relatou. “Trabalhando com meu pai em seu escritório de advocacia, desde o primeiro semestre no curso, passei a transitar por ambientes como o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, pelo Tribunal Federal de Recursos e pelo Supremo Tribunal Federal”, continuou.

Concluindo o curso de Direito, o então recém-formado percebeu que seu sonho estava na magistratura. “Passei no concurso do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, conhecendo o lado de dentro do balcão como serventuário”, contou, “aí está a razão, companheiro Lages, que também foi servidor, de sempre respeitar e valorizar nossos serventuários, pois sem eles nada somos”, completou.

“Em 1991 pisei pela primeira vez em solo amapaense sem conhecer ninguém e, na fase oral do certame, minutos antes de entrar no Fórum para ser arguido, um anjo apareceu na porta da sala onde eu estava e perguntou: ‘Está nervoso? Fique tranquilo, pois você vai passar!’, e com isso enchi o peito de coragem e fui fazer a prova oral”, narrou. “O anjo era Telma Duarte, a quem carinhosamente chamo de Telminha, minha madrinha”, completou.

O desembargador seguiu a narração contando que teve a honra de instalar a Comarca de Santana, sendo seu primeiro diretor. “Também recordo de uma amizade sólida, batizada nas águas do rio Araguari, primeira comarca que visitei como juiz, com meu amigo João Lages”, acrescentou.

Também registrou a busca por inspiração e conhecimento com um magistrado tão reservado quanto ele, mas sempre de braços abertos, o desembargador Agostino Silvério Júnior. “Já o desembargador Carmo Antônio me presenteou com a jóia mais rara de minha vida, Maria Eliane”.

Em seu discurso, o desembargador Rommel homenageou diversos magistrados que conheceu ao longo da carreira, ressaltando o desembargador decano Gilberto Pinheiro, “que nos ensina diariamente que o amor ao Amapá não tem limites, e que qualquer desembargador tem que ser humilde e desprovido de vaidade”.

“Por fim, ao povo do estado do Amapá, renovo meu compromisso de julgar de forma isenta e seguir as leis e a Constituição do nosso país, sempre na busca da justiça e da paz social”, concluiu o desembargador Rommel Araújo de Oliveira.


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