Política

Sem Waldez no páreo, lideranças do PDT defendem candidatura própria ao Setentrião

Depois de governar o Amapá por quatro mandatos e o município de Macapá, partido quer honrar essa trajetória com novos nomes em eleições majoritárias.


Cleber Barbosa

Da Redação

 

Lideranças do Partido Democrático Trabalhista no Amapá, PDT-AP, defendem que a legenda tenha candidatura própria ao Governo do Estado e até ao Senado Federal. Fontes da agremiação acreditam que por ter governado o estado quatro vezes e o maior município, o PDT tem uma tradição e uma experiência de gestão que não podem ser deixadas em segundo plano.

O próprio governador Waldez Góes, líder maior do partido, já deu declarações públicas que dificilmente disputaria uma nova eleição a chefe do Executivo, daí as manifestações por uma renovação interna do PDT, lançando novos nomes para voltar a ter o protagonismo de décadas. Ele foi eleito governador do Amapá em 2002, sendo reeleito em 2006; depois venceu as eleições de 2014 e conquistou o quarto mandato em 2018.

Em março deste ano, Góes anunciou que não se afastaria do mandato para concorrer a outro cargo este ano, decidindo por permanecer no exercício do mandato até 31 de dezembro deste ano. A primeira-dama, Marília Góes, também filiada histórica do partido, desistiu da carreira política ao aceitar ser conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AP).

 

Tabuleiro
Desde o anúncio de que o atual governador não iria cumprir a chamada desincompatibilização, as bolsas de aposta e as análises políticas foram as mais diversas sobre para onde iria o seu eventual apoio para o palanque da sucessão estadual – se para o atual vice-governador Jaime Nunes (PSD) ou o aliado mais recente, o ex-prefeito de Macapá Clécio Luís (Solidariedade).

A aproximação de Waldez e Clécio deu-se após uma costura que reaproximou dois concorrentes diretos na disputa pelo Setentrião em 2018: o próprio Góes e Alcolumbre. Depois de perder a disputa para governar o Amapá, Davi lançou-se num projeto arrojado de vencer Renan Calheiros na eleição para presidente do Senado, logrando êxito e engatando a nível local uma parceria com a administração de Waldez Góes que teria entre as contrapartidas apoio dele para conquistar um novo mandato de senador – condição seria Waldez não concorrer ao cargo esse ano.

 

Nomes
Mas quais seriam os nomes do PDT para suceder a maior liderança pedetista no Amapá? O herdeiro natural seria o primo de Waldez, o ex-prefeito Roberto Góes. Mas após perder uma eleição a deputado federal, este bateu em retirada do PDT e hoje é filiado ao DEM. Então as atenções se voltaram a novos quadros do partido, que até experimentaram um bom teste nas urnas, como Antônio Teles Júnior e Rafael Pontes.

Outra participação importante do PDT é a bancada feminina, que também desponta com alguns nomes como a diretora técnica do Sebrae Amapá, Marciane Santo, e a ex-secretária estadual da Educação, Goreth Sousa. De qualquer forma, até as convenções partidárias do meio do ano, deve aumentar a pressão interna do PDT para não recuar no propósito de manter sua hegemonia no estado.


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