Teles Júnior diz que promessa de baixar tarifa de energia é “estelionato eleitoral”
Candidato à Câmara Federal com quase 10 mil votos, ex-secretário da Seplan diz que redução da tarifa é de competência de Brasília e cobra dos parlamentares eleitos “desengavetamento” de proposta que tramita no Congresso que vai permitir o barateamento das contas.

Em entrevista após o 1º turno, quando obteve quase 10 mil votos para deputado federal pelo PDT, o ex-secretário de estado do Planejamento (Seplan), economista Antonio Teles Júnior afirmou na manhã desta quarta-feira (17) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) que a promessa de redução da tarifa de energia elétrica feita por candidatos é “estelionato eleitoral”, por se tratar “de competência exclusiva de Brasília” essa regulamentação, e não do governo estadual.
Teles Júnior conclamou os parlamentares eleitos a “desengavetarem” proposta que tramita no Congresso Nacional que impactará diretamente no preço das tarifas: “Expliquei durante a campanha que acho desonesto quem usa esse tema, e deixo à disposição dos parlamentares eleitos as bandeiras que defendi na campanha, entre elas resgatar um projeto que está tramitando desde 2015 que permite aos consumidores comprar energia de qualquer concessionária, porque vai viabilizar a livre concorrência e, automaticamente, baratear o custo da energia; outra proposta nossa é liberar recursos da Suframa que as prefeituras não recebem desde 2005, porque foram contingenciados pelo governo federal, como também fazer um esforço para evitar esse contingenciamento, considerando que os recursos são vitais para investimentos, principalmente em infra-estrutura”
“Campanha propositiva”
Perguntado sobre a que atribui a expressiva votação em sua estréia na política partidária, haja vista que esse foi a primeira eleição que disputou, Teles Júnior disse que a votação é resultado do que chamou de “campanha propositiva”, com a discussão de problemas pontuais com os vários segmentos da sociedade. Ele também creditou o resultado positivo à figura de seu falecido pai, o médico Antonio Teles, um dos pioneiros da medicina no Amapá, que conquistou muitos amigos e admiradores ao longo de sua vida.
“Quero aproveitar para agradecer pelos 9.998 eleitores que votaram em mim; fizemos uma campanha propositiva, na base do diálogo com a comunidade, com os segmentos organizados, com as categorias de servidores, universitários, trabalhadores e com a população como um todo, sem muita movimentação de rua propositiva, inclusive resgatando alguns instrumentos, como ‘termos de compromissos’; foi uma campanha propositiva muito forte, não aceitei financiamento publico na minha campanha por ser contra o financiamento público; foi uma campanha pobre em termos de recursos financeiros, pois custou apenas R$ 78, recursos estes doados por pessoas físicas, como determina a legislação eleitoral, mas um campanha muito rica em termos de discussões, de debates, de proposições”.
Questionado sobre a possibilidade de retornar à Seplan, considerando o reconhecido trabalho que executou durante a pior fase da crise econômica do país, o que possibilitou a governabilidade, com o enxugamento da máquina pública, pagamento de dívidas, de salários dos servidores e investimentos pelo atual governo, Teles Júnior disse que não depende dele, mas sinalizou que está pronto para um eventual retorno. Enquanto isso, conforme acentuou, ele retomou as suas atividades como pesquisador e economista.
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