Tjap absolve em bloco deputados envolvidos na Operação Mãos Limpas
Dos parlamentares estaduais, em 2010, apenas Camilo Capiberibe não foi processado; o hoje presidente do Tribunal de Contas, Michel JK, e outro conselheiro da corte, Ricardo Soares, processados, ainda serão julgados, mas pelo STJ

Douglas Lima
Editor
O Pleno do Tribunal de Justiça do Amapá, em julgamento, ontem, 23, absolveu 21 dos 24 deputados estaduais que compunham a Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), em 2010, enquadrados pela Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal, deflagrada naquele ano para prender o que seria uma organização criminosa composta por servidores públicos, agentes políticos e empresários que estariam desviando verbas públicas no estado.
Dos então deputados estaduais, apenas Camilo Capiberibe não foi processado. Também dos então parlamentares amapaenses em 2010, dois serão julgados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Hoje eles são conselheiros do Tribunal de Contas do Estado. O presidente Michel JK e Ricardo Soares.
A Operação Mãos Limpas, da PF, teve origem no Banco do Brasil, que detectou saques volumosos na boca do caixa. Esses saques seriam ilegais com dinheiro da Assembleia Legislativa do Amapá. A ação investiga pagamento indevido de diárias de viagens e falsificação de documentos.
A sessão do Pleno do Tjap, conduzida pelo desembargador-presidente Adão Carvalho, julgou em bloco 20 processos da Operação Mãos Limpas. O relator foi o desembargador Carlos Tork. Pela absolvição, cinco participantes da sessão votaram a favor e um contra.
A Operação Mãos Limpas, deflagrada em 10 de setembro de 2010, foi às vésperas das eleições estaduais daquele ano, e resultou na prisão, determinada pelo Superior Tribunal de Justiça, de vários políticos, agentes públicos e empresários, e nas apreensões de mais de R$ 1 milhão em dinheiro, carros luxuosos, imóveis e até de um jato executivo Cessna.
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