Waldez diz que atuação conjunta com Governo Federal é fundamental para normalizar energia
Governador do Amapá reforçou que Governo Federal, Congresso Nacional e governo estadual atuam conjuntamente desde o primeiro dia para resolver o problema rapidamente.

Rodrigo Silva
Da Redação
O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), esclareceu durante entrevista na manhã desta segunda-feira (9) ao programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM) sobre as ações desenvolvidas pelo Estado durante o apagão que começou na última terça-feira (3) após um raio atingir os transformadores de uma subestação na Zona Norte de Macapá. Para o gestor, está sendo fundamental atuar conjuntamente com o Governo Federal e o Congresso Nacional para resolver o problema rapidamente.
Diário – Como o Estado está atuando junto às causas do sinistro que originou o apagão elétrico no Amapá?
Waldez – É importante destacar as três frentes que estão sendo trabalhadas. Presidente Bolsonaro e sua equipe; Congresso Nacional, liderado pelo presidente Davi Alcolumbre, e governo do Estado, que eu estou religiosamente todos os dias e noites envolvido com nossas equipes, temos atuado conjuntamente nessas frentes.
A primeira frente é a mobilização dos responsáveis para fiscalizar, apurar, punir ou cassar a concessão, e, se for necessário, prender pessoas, enfim, tem que ter uma resposta sobre o que aconteceu. Obviamente que não pode esperar apurar e punir para responder à sociedade o que aconteceu pra restabelecer o fornecimento de energia. O senador Davi já disse, inclusive, que irá mobilizar o Congresso Nacional, porque uma resposta sobre o Amapá também é uma resposta para o Brasil e isso não pode passar ileso. Tem que estabelecer a verdade e quem é o culpado, quais foram às causas dessa culpa, e, lógico, a punibilidade.
Diário – Como está sendo a logística para garantir energia à população amapaense?
Waldez – Não foram poucos os vôos. Temos navios, aviões e helicópteros mobilizados. Nós estamos trazendo a cada período do dia e da noite, de dois a dois, mais de 11 geradores de Manaus (AM) para o Amapá. Neste caso, contratado pela Defesa Civil do Estado pra atender situações como na Caesa, de Santana, por exemplo, aonde dois geradores estão instalados, sendo um na captação e outro na distribuição, e, logicamente, tirando a Caesa de dentro do sistema elétrico para que essa energia que a companhia hoje consome seja disponibilizada para a casa das pessoas. No Macapaba também colocamos dois geradores, ou seja, 20 mil pessoas estão sendo atendidas com o sistema isolado, também com a geração de energia pelo governo do Estado. E nós não conseguiríamos fazer isso se não fossem os aviões da FAB, da Defesa Nacional e da mobilização por essa força tarefa feita pelo Governo Federal.
Diário – Como ficam as atribuições, competências e responsabilidades para restabelecer a energia?
Waldez – Neste caso, mesmo não sendo responsabilidade direta da Eletronorte, da CEA e do governo do Estado, nos unimos com vários profissionais, técnicos e engenheiros, de vários lugares do país e do estado do Amapá, trabalhando desde a primeira hora para que esses 60%, 70% de energia que já está disponibilizado novamente para a sociedade, pudesse estar acontecendo.
Diário – Como a empresa Isolux obteve a concessão para atuar no setor energético do Amapá?
Waldez – Essa concessão é feita pela Aneel, que fez o leilão, se não estou enganado, em 2008. Uma empresa privada ganhou esse leilão para prestar o serviço. Então, isso não tem nada a ver com o governo estadual, não tem nada a ver com Bancada Federal, com o Congresso Nacional e até de certa forma com o Governo Federal, porque tem uma agência reguladora que cuida disso, como tem uma operadora do sistema nacional, que também deve cuidar disso. Infelizmente houve falha e essa falha tem que ser de conhecimento da sociedade, investigada, punida e se for necessário que seja cassada a concessão e estabelecida uma outra prestadora de serviço, que, inclusive, o presidente Davi está defendendo e eu defendo também, que seja dado a Eletronorte, porque nós conhecemos a Eletronorte, ela surgiu com a criação da Hidrelétrica do Paredão e hoje serve muito mais que o Amapá, serve o Brasil.
Diário – A Aneel não deixou a Isolux muito “à vontade”?
Waldez – Isso é fato. Certamente os órgãos que irão fazer toda a apuração irão identificar isso e terão pessoas punidas. Por isso que tem que ser trabalhado intensamente pra frente, que pode ser no final cassada à concessão, punido os culpados e, logicamente, a gente ter isso como segurança pra nunca mais acontecer.
Diário – Qual a responsabilidade do governo do Estado?
Waldez – O governo do Estado não tem nenhuma responsabilidade em relação ao fato que ocorreu. A nossa responsabilidade é de cobrar de todos e também ajudar na fiscalização, mas, sobretudo, cobrar que os serviços sejam restabelecidos. A gente não foi para sociedade dizer que não fomos os culpados, não, nós nos unimos com o Governo Federal, com a liderança do presidente Davi Alcolumbre. Que a justiça seja feita, ele [Davi] está desde o primeiro dia, dia e noite, envolvido nessa agenda.
Não é por acaso que o Governo Federal montou um comitê de gerenciamento de crise dentro do gabinete do presidente Bolsonaro, e tem vários atores do Governo Federal aqui no Amapá, desde o primeiro dia. O Ministro de Minas e Energia já veio duas vezes ao Amapá e tem uma série de medidas sendo equacionadas para restabelecer em 100% a cobertura de entrega de energia a toda sociedade amapaense.
Diário – Dentro de que prazo será retomado 100% do fornecimento de energia?
Waldez – Esses prazos todos são responsabilidade do Sistema. Eu não ousaria falar em prazos a não ser aqueles que a gente escuta, como por exemplo, o próprio ministro das Minas e Energia. O ministro Bento, quando veio aqui, disse o seguinte: Ia se trabalhar intensamente pra restabelecer de um único transformador, dos três da subestação, e que isso poderia significar 60% a 70% de energia a ser distribuída para a população. Isso realmente foi feito e está acontecendo. Hoje, tem esse transformador gerando energia e transferido para a concessionária e tem o Paredão, que é outra rede e também está gerando energia. Isso aí o ministro falou que seria na primeira semana. O ministro também falou que precisaria de 15 dias para colocar o segundo transformador e mais 30 dias para colocar o terceiro transformador, ou seja, com mais 15 dias teremos energia 100%, estou aqui repetindo as palavras do ministro e assim nós confiamos nessa fala dele.
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