Waldez rebate pedido negado pela Anvisa sobre importação da vacina Sputnik V

Railana Pantoja
Da Redação

O governador do Amapá, Waldez Góes, lamentou na manhã desta terça-feira (27) que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tenha negado o pedido de importação da vacina Sputnik V.

O governo estadual já havia iniciado tratativas para fazer a aquisição de 450 mil doses do imunizante russo e até entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF), mas, dependia ainda de avaliação da agência reguladora.

“Estávamos há um mês só tratando com a Anvisa e o Ministério da Saúde, mas, desde fevereiro o consórcio dos governadores do norte já vinha tratando sobre com o governo russo. Fizemos um contrato, fomos ao STF nos amparando na lei que dava prazo de sete dias para a Anvisa se manifestar e ela acabou prorrogando a avaliação para 30 dias. Infelizmente negaram a importação da Sputnik, a vacina que é a segunda com maior eficácia do mundo e utilizada em mais de 60 países”, lamentou o governador.

Após a decisão anunciada da Anvisa, os governadores do norte, nordeste e centro-oeste optaram por reunirem-se novamente nesta terça (27) com o governo russo e assim decidam os novos passos.

“Vamos tentar conversar com os técnicos da Anvisa e do Ministério da Saúde e ver o que faremos, pois temos contratos assinados e recursos aprovados para aquisição da vacina. As 450 mil doses da Sputnik dariam para fecharmos a vacinação dos grupo prioritários”, finalizou Waldez Góes.

 

Justificativa
Ao negar o pedido de importação da vacina russa, a Anvisa justificou que “o imunizante pode trazer riscos à saúde. Além disso, foram apontadas falhas e pendências na documentação apresentada pelo fabricante”. As falhas seriam, principalmente, em relação ao adenovírus, que estaria com capacidade de reprodução no composto da vacina.

As afirmações foram feitas baseadas em pareceres técnicos de três gerências da Agência, que fizeram uma apresentação no início da reunião.

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