Waldez recorre à Marinha para novo estudo náutico de navegação na Foz do Amazonas
Esses estudos tiveram investimentos, à época, da mineradora Icomi S.A. quando do início do projeto de exploração de minério de manganês.

Por Cleber Barbosa (http://www.cleberbarbosa.net/)
O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT-AP), procurou a Marinha do Brasil esta semana para tratar de um novo estudo de levantamento náutico, para identificar novas possibilidades de navegabilidade da Barra Norte do Rio Amazonas. É que com as novas tecnologias, os navios cargueiros aumentaram muito de tamanho, com os operadores de cargas e os armadores mundiais não tendo informações a respeito das possibilidades dos gigantes do mar, chamados ‘capasize’, adentrarem o Cabo Norte onde existe uma barreira de pedras chamada Barra Norte do Rio Amazonas.
O governador disse que hoje o Cabo Norte é um limitador para o incremento do que ele chama de navegação de cabotagem, uma vocação do Amapá para ser um grande entreposto de cargas para a Amazônia, escoando os produtos importados em navios menores ou até em barcaças, reduzindo inclusive o tráfego no Amazonas. “As informações de que dispomos são com base em um estudo da década de 1950, feito pela própria Marinha do Brasil, portanto são quase 70 anos que essas cartas náuticas foram estabelecidas”, disse Góes.
Esses estudos tiveram investimentos, à época, da mineradora Icomi S.A. quando do início do projeto de exploração de minério de manganês. Foi uma verdadeira revolução para a navegação mercantil à época. Naquele tempo, os maiores navios do mundo eram os chamados ‘Panamax’ que singelamente poderia se dizer que eram aqueles que podiam passar pelo Canal do Panamá.
Rota mundial
Mas o governador do Amapá disse ter recebido informações sobre pré-estudos dando conta da passagem de navios por calados de 12 a 13 metros de profundidade. “Você não faz ideia do quanto representa na economia a partir do incremento na logística de transporte o que isso representa, por agregar no valor do seu produto a gente aumentar em um ou dois metros o calado de navegação no Canal Norte do Amazonas”, argumenta o mandatário amapaense.
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