Ressaca azulina faz alegria dos torcedores bicolores
Não houve grupo no whatsapp em que o jogo passasse despercebido. Rixas entre famílias e xingamento entre amigos foi comum.

Fim do jogo entre Remo e Cuiabá, pela decisão da Copa Verde. Belém é tomada por fogos, gritaria e buzinas de veículos…
A comemoração já era aguardada. A derrota do Remo, por 5×1, representou o que uma multidão de bicolores aguardava assistir: o fracasso do rival.
A atuação da equipe paraense na capital matogrossense deu bala para bicolores transbordarem a velha rixa com o arquirrival.
O Cuiabá saiu na frente e, a cada novo gol, a torcida do Papão ficava frenética. Nos bares, a onda era provocar os remistas. “Miau. O Leão virou gatinho”, gritavam. Das janelas de apartamentos ouvia-se: “Papão” ou “sou Cuiabá desde pequenininho”.
Nas redes sociais, bicolores faziam discursos de provocação: “isso é pra aprenderem a não cantar vitória antes do tempo”, disse um internauta. Os memes, então, invadiram as páginas no Facebook.
Não houve grupo no whatsapp em que o jogo passasse despercebido. Rixas entre famílias e xingamento entre amigos foi comum.
Houve até briga de casal. “Ele devia ficar quieto, mas prefere ficar me provocando, fazendo piadinha no meu ouvido. Ele é do Paysandu, mas o time dele não está jogando, porque foi eliminado pelo Remo. Então devia parar de ficar ‘secando'”, desabafou Glaucia Dias sobre o namorado Thiago Costa, que não parava de mandar memes no Whatsapp.
Na manhã dessa sexta-feira, 8, o assunto ainda estava rendendo. Enquanto remistas curtiam a ressaca pela tragédia impensável, bicolores seguiam destacando o fracasso do Clube do Remo.
O fato é que para maioria dos bicolores e azulinos o discurso do regionalismo perde espaço para a rivalidade. Eternos rivais não fazem questão “de se misturar”, nem que seja para ver o Pará representado em eventos nacionais e internacionais.
Essa rivalidade, a alegria de uns e a tristeza de outros, segue rendendo muita, muita história para o futebol paraense.
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