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As grande opções de banho no Amapá


CLEBER BARBOSA
EDITOR DE TURISMO

Parte integrante e muito importante da maior bacia hidrográfica do planeta, o Amapá possui água para todos os lados, o que torna o estado um importante destino turístico para quem quer se refrescar banhando-se em rios, igarapés e até no Oceano Atlântico, pois a costa deste estado além de abrigar grandes reservas camaroeiras e pesqueiras, também possui praias, a mais famosa delas chamada de Goiabal, no município de Calçoene.

banho_002E se o negócio do turista for mesmo tomar banho para matar o calor essa é a época do ano mais propícia, quando as chuvas diminuem e o sol fica ainda mais forte. “É a combinação perfeita, encarar o calor caindo na água em um balneário qualquer, dos muitos que o Amapá possui”, diz a veranista Rúbia Balieiro Guedes, 29, que disse ter conhecido na semana passada o balneário Portal do Sol, em Porto Grande.

Gilberto Carvalho, 46, disse que prefere qualquer um dos balneários de Serra do Navio, cidade onde ele nasceu. “Lá tem a Lagoa Azul, a Canhoeira Véu de Noiva, a Pedra Preta, o Cachaço, a Canhoeira do Fernando e o Água Fria, só para o turista começar a pensar em um e escolher”, diz ele.

No Sul do Estado, se encontra o que pode ser um dos maiores símbolos da generosidade da natureza com este estado, a Canhoeira de Santo Antônio, no Rio Jari. “Ela não deixa a desejar em nada em comparação com as cataratas do Iguaçu. Só falta é ter acessos regulares e uma estrutura como passarelas, do mesmo jeito que tem lá em Foz [do Iguaçu]”, diz a programadora Helem Azevedo, 32, que já esteve nas duas canheiras, a amapaense e a paranaense.

O Amapá também verdadeiras cidades-balneários, como a bucólica Ferreira Gomes, banhada pelo belíssimo Rio Araguari, um dos mais decantados por poetas e compositores musicais. A cidade sedia inclusive a maior micareta do interior do Amapá, o Carnaguari, que acontece em setembro.

Em Macapá, já existem iniciativas para incentivar a comunidade a ter mais relação com o maior rio do mundo, o Amazonas, que banha a cidade, mas que ainda é pouco acessado por banhistas. A ideia é abrir mais opções de banho para os habitantes da Capital, pois atualmente as opções existentes utilizam os famosos muros de arrimo, que acabam mais afastando do que propriamente atraindo banhistas.

O município de Santana aposta em balneários

banho_003A segunda maior cidade do Amapá é Santana, com mais de 100 mil habitantes. Trata-se de um município portuário, que vive um momento especial com o resgate dessa vocação de modo a resgatar sua tradição industrial. É que lé funcionou o maior projeto mineral da Amazônia em sua época, a exploração de manganês pela Icomi. Mas não é só de porto que Santana vive. Recentemente a Ilha de Santana, localizada em frente ao porto local, serviu de cenário para a última edição da saga da pequena índia Tainá, um dos grandes sucessos do cinema nacional.

Lá está localizado o balneário Recanto da Aldeia, que possui areia e muitas árvores frutíferas. Ainda em Santana, existe o distrito do Igarapé do Lago, que além de banhos abriga uma forte tradição com o Marabaixo e o Batuque. Ainda naquela região, existe outra comunidade que abriga uma atração diferente, as “Louceiras do Maruanum”, que comercializam a preços acessíveis verdadeiras jóias em termos de utensílios artesanais para o lar. Como não poderia deixar de ser, por lá também há rios e igarapés para banhos que podem durar um dia inteiro.

Tanta água em volta de uma cidade de outros atrativos turísticos

banho_004Macapá não possui interligação por rodovias, por isso, para se chegar aqui, ou você vem de avião, ou de navio. No primeiro caso existem vôos diários praticamente de todo o Brasil, com uma breve escala em Belém do Pará. No segundo, o navio parte de Belém, geralmente duas vezes por semana, e cruza o arquipélago do Marajó, um dos maiores do mundo, a viagem dura mais ou menos 24 horas e é muito agradável, os navios são confortáveis, inclusive com serviço de bar, restaurante e música ao vivo.

A população de Macapá, de cerca de 400 mil habitantes, é a quinta cidade mais populosa da região norte do país. Foi fundada em 1758, e o nome Macapá é de origem tupi, uma variação de “Macapaba”, que quer dizer lugar de muitas bacabas, uma palmeira nativa da região. A história de formação da cidade esta ligada a defesa do território colonial contra as invasões de estrangeiros, motivo pelo qual foi construída a fortaleza São José de Macapá, hoje uma das sete maravilhas do Brasil, escolhida em um concurso da Revista Caras. O monumento foi inaugurado em 1782, e apesar de ser um dos maiores do Brasil, nunca foi usado em alguma batalha.

É cortada pela linha do equador, daí o monumento do Marco Zero, local onde a linha imaginária do equador divide a terra em dois hemisférios, norte e sul. No local existe um relógio do sol, o que permite assistir ao fenômeno do equinócio, uma manifestação em que os raios do sol incidem diretamente sobre a linha do equador, nesse período os dias e as noites tem a mesma duração, acontece duas vezes ao ano, a primeira em março, denominado equinócio de outono e outra em setembro, o equinócio da primavera.

CURIOSIDADES

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– O rio Amazonas foi descoberto em 1500, por Vicente Yañez Pinzón, que lhe deu o nome de Mar Dulce. Em 1532, Francisco Orellana, homem que fez a primeira descida no rio, trocou o nome para Amazonas.
– Nasce na Cordilheira dos Andes, junto ao vulcão Misti (Peru), 4.000 metros acima do nível do mar.
– Essa nascente só foi descoberta em 1971, e é conhecida como Laguna McIntyre.

1500
Ano da descoberta (oficial) do Rio Amazonas.


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