Turismo

O SURFE DOS RIBEIRINHOS

Com pranchas improvisadas em portas de geladeiras, caboclos encaram as ondas de pororoca.


 

Cleber Barbosa
Editor de Turismo

 

C om os olhos do mundo voltados para o Amapá e a possibilidade de ter petróleo, eis que o estado segue dando exemplos de convivência harmoniosa com a natureza — nem que seja necessário improvisar. Como adaptar portas de geladeira para virar prancha de surfe, como fazem crianças e adolescentes na bucólica Vila do Sucuriju, na Costa do Amapá.

O fisioterapeuta Jim Daves, executivo da Associação de Surfe e StandUp Padle do Amapá, esteve recentemente com eles numa experiência de intercâmbio que ele considera impactante. “São verdadeiros astros, o que eles fazem com as pranchas improvisadas é algo digno de admiração e precisa ser apoiado, a gente tem vontade de distribuir várias pranchas a eles quando vamos lá”, diz o surfista.

Jim concedeu entrevista ao programa LuizMeloEntrevista em que disse não ser apenas potencial, mas sim uma vocação que o Amapá tem para essa segmentação. “O surfe movimenta bilhões de dólares pelo mundo e o Brasil ainda caminha para se tornar um destino importante, mas em se tratando de caçadores de ondas de pororoca a gente tem condições de alavancar essa modalidade”, diz ele.

O especialista ressalva que falta apenas resolver a questão da logística, como acessos, meios de hospedagem, equipamentos náuticos, enfim, formatar como produto turístico, fato que já é realidade toda vez que mesmo de forma isolada isso já vem acontecendo, como foi o caso do intercâmbio com os garotos da Vila do Sucuriju, que pertence ao município de Amapá.

A ideia agora é identificar e organizar todas as agendas e possibilidades de se explorar o surfe de pororoca no Amapá, que segundo o especialista ocorrem em outros municípios e para felicidade de todos está de volta também a Cutias do Araguari.

 

 


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