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Amapá é o 2º estado que mais cresce em riquezas, mas PIB é pífio

De 2010 a 2013


Segundo pesquisa do IBGE divulgada ontem, de 2010 a 2013 o Amapá teve o segundo maior desempenho do Brasil em acumulação de riquezas, com 18,3%, suplantado apenas por Mato Grosso, que alcançou 21,9%.

Mesmo com o avanço em concentração de riquezas, ainda conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a unidade federativa amapaense ficou em último lugar nas taxas do Produto Interno Bruto (PIB), juntamente com Acre e Roraima (0,2%).

Em termos de valores do PIB, o Amapá também ficou entre os últimos estados do país, somando R$ 12,76 bilhões, ficando na frente apenas dos estados do Acre, que obteve R$ 11,44 bilhões, e de Roraima – R$ 9,03 bilhões.

O crescimento econômico do estado foi o dobro do que o Brasil cresceu no período pesquisado pelo IBGE, 9,1%. Junto com o Amapá, outras 18 unidades da federação cresceram acima da média nacional. Todos os estados do Sudeste ficaram abaixo, com o Rio de Janeiro registrando o pior resultado nesse período (5,7%). São Paulo cresceu 8,3%. O estado com a maior alta acumulada foi Mato Grosso, com 21,9%, mas com a taxa do Produto Interno Bruto em pífio 1,7%.

Fonte: Rede Brasil Atual

Outros
A pesquisa revelou, também, que o estado de São Paulo segue concentrando quase um terço da riqueza nacional, mas, assim como o Sudeste, vem perdendo participação no Produto Interno Bruto (PIB). De 2010 a 2013, São Paulo passou de 33,3% para 32,1% do PIB (perda de 1,2 ponto percentual), enquanto a região foi de 56,1% para 55,3%, indicando ligeira queda da histórica concentração brasileira.

O Sul foi o que mais cresceu em participação, de 16% para 16,5%. O Nordeste passou de 13,5% para 13,6%, e o Norte, de 5,3% para 5,5%, enquanto a região Centro-Oeste permaneceu em 9,1%.

Com 7,4% acumulados, a região Sudeste foi a única com crescimento abaixo da média nacional. O Norte subiu 13,6%, mesma taxa do Centro-Oeste, enquanto Nordeste e Sul tiveram expansão próxima: 10,3% e 10,1%, respectivamente.

Apenas em 2013, quando o PIB brasileiro cresceu 3%, 13 estados ficaram acima da média nacional, com destaque para o Rio Grande do Sul (8,2%), com influência do desempenho positivo da agricultura. O pior resultado foi do Espírito Santo, praticamente estável (0,1%).

As informações do IBGE apontam ainda que a concentração continua elevada no Brasil: mesmo perdendo espaço, São Paulo concentra 32,1% do PIB, outros quatro estados (Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul) somam 33,5% e as demais 22 unidades da federação, 34,4%. Os cinco primeiros respondiam por 65,6% do total em 2013, ante 65,9% em 2010.

Entre os estados, o Paraná (6,3%) ultrapassou o Rio Grande do Sul (6,2%) no quarto lugar entre os de maior participação no PIB. Em segundo fica o Rio de Janeiro (11,8%) e em terceiro, Minas Gerais (9,2%). Acre, Amapá e Roraima têm as menores taxas (0,2%).

Em valores, o PIB de São Paulo somou R$ 1,71 trilhão, seguido pelo Rio (R$ 626,32 bilhões) e por Minas (R$ 486,96 bilhões). O do Paraná foi a R$ 332,84 bilhões, superando o Rio Grande do Sul (R$ 331,10 bilhões) pela primeira vez na série histórica do IBGE, iniciada em 1995. Os menores valores são dos mesmos estados da região Norte: Amapá (R$ 12,76 bilhões), Acre (R$ 11,44 bilhões) e Roraima (R$ 9,03 bilhões).

O consumo das famílias foi responsável por 60,2% do PIB em 2013. A indústria teve sua menor participação (24,9%), enquanto serviços e comércio tiveram recordes positivos (69,8% e 13,5%, respectivamente).

No ano passado, o PIB brasileiro ficou praticamente estável (0,1%).

Indústria

Também de 2010 a 2013, São Paulo perdeu 3,1 pontos de participação na indústria de transformação, de 41,7% para 38,6%. Minas Gerais caiu de 10,6% para 10,3%, o Rio Grande do Sul cresceu de 8,3% para 9%, o Paraná de 6,8% para 8,4%, e Santa Catarina, de 5,9% para 7,1%. Os oito maiores estados concentram 85,5%.

A própria indústria perdeu espaço na economia brasileira. O setor passou de 27,4% do PIB, em 2010, para 24,9%. Os serviços aumentaram sua presença de 67,8% para 69,8%. A agropecuária também cresceu, de 4,8% para 5,3%.

Em 2015, segundo a Fundação Seade informou ontem, o PIB paulista cresceu 0,2% de agosto para setembro, mas acumula retração de 3,8% em 12 meses, “mantendo a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2014”. De acordo com o Seade, também em 12 meses a indústria cai 7,7% e os serviços, 2,1%, enquanto a agropecuária sobe 2,9%.

De janeiro a setembro, a economia paulista cai 4,2%, em comparação com igual período do ano passado. A indústria tem queda de 8,3%, e os serviços, de 2,4%. A agropecuária registra ampliação de 5,3%.


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