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Atoleiros transformam viagem na BR 156 em aventura perigosa

Carros de todos os tamanhos são parados pelo lamaçal



 

As viagens na rodovia BR 146, nesta época do ano, acabam se transformando numa aventura perigosa: como se fosse num rali, só que, em vez das dunas, a lama. Motoristas e passageiros têm que ter um bom estoque de paciência, pois os atoleiros tomam conta de quase toda a extensão da estrada, a partir do km 70, vindo do Oiapoque

De acordo com o jornalista Humberto Baía, que mora na cidade de Oiapoque, quem precisa viajar na rodovia tem que estar preparado para uma longa jornada de sofrimentos. Para conhecer de perto a situação, ele foi até ao km 70, no sentido para Macapá.

O jornalista conversou com motoristas e passageiros, registrou fotograficamente a aventura. Segundo Baía, muita gente permanece mais de dois dias presa em atoleiros. “Eles improvisam o almoço na beira da estrada, usando peixes e outros alimentos que estão nos caminhões presos nos atoleiros, e que precisam chegar a Oiapoque para abastecer o comércio”, constata.

“Depois de ouvir vários relatos sobre o estado da BR 156, fui ao local para constatar. Encontrei caminhoneiros, motoristas e passageiros que já estavam na estrada havia mais de 36 horas, tentando chegar à cidade de Oiapoque. É uma viagem com hora para sair, mas sem hora para chegar. Situação difícil para os moradores de Oiapoque, cidade a quase 600 quilômetros de distância, e que depende de energia gerada por usina térmica”.

De acordo com o jornalista, duas equipes da Secretaria de Transportes do Estado (Setrap) e de uma empresa estão no local tentando amenizar os obstáculos da estrada. “Mas é difícil. O ponto positivo é que na estrada todos são solidários, todos se ajudam. Se não fosse isso, o sofrimento seria bem maior”, resume o jornalista.


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