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Comandante do Bope diz que morte de menor será esclarecida pel

Coronel PM Jackson Rodrigues, comandante do Bope, diz aguardar laudo da Politec para se posicionar oficialmente sobre a morte de “Mateusinho”.


O comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), coronel PM Jackson Rodrigues, afirmou na manhã desta sexta-feira, 22, no programa LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM), que vai aguardar o laudo oficial da Polícia Técnico Científica (Politec) para se posicionar sobre a morte do menor infrator Mateus Ramos Estevan, 17 anos, que morreu durante troca de tiros com homens do Bope na última segunda-feira, 18, na casa onde ele estava escondido, bairro Jesus de Nazaré.

“Não posso ser leviano neste momento de prestar qualquer esclarecimento sem ter o caso apurado. Vamos aguardar o laudo pericial da Politec que apontará com lisura e segurança o que houve nessa ação que culminou com o óbito do infrator”, disse o comandante.

A resposta do coronel foi em atenção às acusações feitas na quinta-feira, 21, no mesmo programa, pelo pai do menor, o guarda municipal José Bosco Estevan, 48 anos, que acusou os policiais envolvidos na ocorrência de terem executado o filho dele.

“Quando se atende uma ocorrência sem resistência o elemento, ou elementos, são presos ou detidos – dependendo do caso – tendo sua integridade física preservada. Porém, quando ocorre uma reação – essa que se classifica como injusta agressão – existe o revide natural dos policiais. Eles são treinados para se defender, também. Então, em alguns casos o óbito acaba ocorrendo”, explica.

O comandante do Bope observou que naquele mesmo dia em que o menor tombou morto, outro delinqüente, identificado como Urica, participou de um assalto na zona Norte da capital. O infrator havia rendido três vigilantes de um órgão público na companhia de dois comparsas. O alvo dos elementos eram as armas dos vigilantes.

“Novamente o Bope agiu nessa ocorrência. O menor foi cercado após fazer reféns. Houve uma longa negociação, mas em momento algum houve ameaça contra os policiais. O resultado foi um menor apreendido, com sua integridade preservada e agora ele está à disposição das autoridades”, exemplifica.

Bope
Atualmente o Bope conta com 150 policiais no Amapá, porém, 30 deles estão fora da ativa por férias, licenças médicas ou cursos de capacitação. 

“Temos 120 homens operacionais que quando não estão nas ruas estão em treinamento diário. A doutrina deles é diferenciada para evitar desgastes. Hoje estamos com unidades em Oiapoque e Amapá para reforçar o policiamento nessas regiões que foram identificadas com aumento da criminalidade. Então, precisamos aumentar nosso efetivo, mas isso é complexo porque o número de novos policiais que entram no Bope é pequeno”, disse.

O comandante se refere ao curso de alta exigência física e mental a que são submetidos os candidatos a usar a farda do Bope. “Para se ter uma ideia, no último curso abrimos 50 vagas. Desse total, 27 policiais se inscreveram, 19 iniciaram o curso e apenas 3 formaram. O que se busca no Bope é excelência. Não primamos pela quantidade, mas sim pela qualidade dos nossos policiais”, concluiu.


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