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Paulo Campelo supera Ulysses Trasel e é reeleito presidente da OAB

Diferença foi de apenas 26 votos. A seção onde advogados inadimplentes votaram não teve os votos contabilizados


RAMON PALHARES
EDITOR DE POLÍTICA

Com apenas 26 votos de diferença, o advogado Paulo Campelo foi reeleito presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AP). Ele teve 633 votos contra 607 do seu único adversário na disputa. O advogado Ulysses Trasel, que já presidiu a OAB do Amapá por dois mandatos consecutivos venceu em apenas uma seção, a que funcionou na sede da Subseção do município de Santana, onde conquistou 57 votos contra 50 de Campelo.

Uma seção foi criada exclusivamente para os advogados inadimplentes no pagamento de anuidades da entidade exerceram o direito do voto, que foi assegurado na última sexta-feira por uma liminar deferida pelo Juiz João Bosco, da 2ª Vara da Justiça Federal do Amapá. Cerca de 700 advogados votaram nessa seção. A urna não foi aberta, e ficará sob a guarda da Polícia Federal até decisão final da justiça. Informações ainda não confirmadas oficial dão conta de que a liminar foi derrubada ainda no final da tarde desta segunda-feira pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), com sede em Brasília.

Debate

No sábado, dois dias antes das eleições, Paulo Campelo e Ulysses Trasel realizaram no programa Togas&Becas (DiárioFM 90.9), apresentado pelo advogado Helder Carneiro o único debate entre os candidatos. O debate foi de alto nível, mas, no final, na frente da emissora, houve confronto entre integrantes das duas chapas, que, com os ânimos exaltados, quase chegam às vias de fato. Os dois advogados não se envolveram diretamente na briga.

Até na sexta-feira com a candidatura indeferida pela Comissão Eleitoral, Paulo Campelo garantiu a participação no pleito graças a uma liminar deferida pelo Conselho Federal da OAB, com sede em Brasília, mantendo-o na disputa.

Durante a campanha, várias ações judiciais foram ajuizadas, tendo como foco a manutenção de Paulo Campelo da disputa, numa guerra de liminares que até então não tinha ocorridanas eleições da OAB. Questionados sobre a judicialização da eleição, os candidatos divergiram. Trasel argumentou que a judicialização denigre a imagem da instituição. Campelo discordou: “A Judicialização foi necessária para a garantia do direito de concorrer. A democracia se constrói com luta, e iríamos à justiça quantas vezes fossem necessárias para garantir nossa participação no pleito”.


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