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Polícia prende suspeitos de torturar família durante assalto

Vítimas foram rendidas dentro de casa pelos criminosos. Bandidos queriam o dinheiro de um suposto pagamento do Seguro DPVAT que o dono da casa teria recebido


Três homens suspeitos de aterrorizar uma família que foi rendida dentro de casa no Igarapé da Fortaleza, divisa entre os municípios de Macapá e Santana, foram presos na madrugada desta sexta-feira, 12, durante uma ação conjunta da Coordenadoria de Inteligência e Operações Policiais (CIOP), vinculado à Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o Núcleo de Operações e Inteligência (NOI), da Polícia Civil (PC) e do Batalhão de Rádio Patrulhamento Motorizado (BRPM).

De acordo com o coronel PM Paulo Matias, comandante do BRPM, Wanderson Oliveira de Souza, 24 anos, Peter Clebson Barbosa da Silva, de 25, e Felipe Almeida dos Santos, 19 anos, já haviam sido monitorados pela polícia.

“Na verdade esses três elementos já estavam sendo monitorados pelo serviço reservado do Batalhão, Coordenadoria de Inteligência e NOI. Havia a informação de que eles iriam cometer um assalto em Santana, mas ainda não tínhamos o local exato. Foi quando surgiu a informação via 190 sobre o crime no Igarapé da Fortaleza. Havia uma viatura posicionada no distrito de Fazendinha e foi lá que as RP’s 03 e 04 interceptaram o veículo dos suspeitos”, disse o coronel Matias.

Com os suspeitos foram encontrados dois revólveres calibre 38 além de alguns objetos das vítimas. Eles foram reconhecidos pelas vítimas e depois disso encaminhados ao Centro Integrado em Operações de Segurança Pública (Ciosp) Pacoval, onde ocorreu o indiciamento. Todos já tinham passagens pela polícia.

O crime

O assalto no Igarapé da Fortaleza não foi aleatório. Segundo a polícia, os suspeitos tinham a informação de que o dono do imóvel, um homem de 34 anos de idade, tinha recebido um valor considerável do Seguro DPVAT, pago a pessoas vítimas de acidente no trânsito.

“Eles invadiram nossa casa perguntando onde estava o dinheiro. Eu disse que não sabia, que não tinha dinheiro algum e foi quando começou a tortura. Recebi uma coronhada na cabeça que apaguei. Quando me recordei vi apenas eles fugindo no carro já. Temi pela minha vida e de minha família”, disse o homem.

Porém, depois que o proprietário do imóvel ‘apagou’ com a coronhada, a esposa dele e o filho do casal, um garoto de 10 anos, também sofreram agressões físicas e psicológicas. “Um dos suspeitos dizia o tempo todo que iria matar o menino se não dissesse onde estava o dinheiro. Foi um trauma que vou levar para o resto da vida”, disse a mulher de 35 anos.


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