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Promotor de justiça alagoano condenado por estuprar filhas e e

Carlos Fernando, de 58 anos, estava escondido há dez dias em Macapá, no bairro Buritizal, onde foi preso na manhã desta segunda-feira, 23, por agentes do NOI



Considerado foragido pela Justiça do estado de Alagoas (AL), o promotor de justiça Carlos Fernando Barbosa de Araújo, 58 anos, foi preso na manhã desta segunda-feira, 23, em uma casa localizada no bairro Buritizal, zona sul de Macapá, por uma equipe comandada pelo delegado Sidney Leite, do Núcleo de Operações e Inteligência (NOI), da Polícia Civil. O delegado detalhou o caso na tarde de hoje durante entrevista à rádio Diário 90,9FM.

O promotor foi condenado a 76 anos de prisão por três estupros e oito atentados ao pudor, cometidos continuadamente contra duas filhas e uma enteada, além de produção de pornografia infantil, crime cometido entre os anos de 1993 a 2003.

“Em novembro do ano passado a justiça alagoana o considerou foragido e graças a interligação do sistema nacional conseguimos localizá-lo aqui no Amapá. No sábado, 21, recebemos uma ligação da Polícia Civil de Alagoas comunicando que o promotor foragido estaria aqui em Macapá. De imediato começamos as investigações conseguindo o endereço dele. Por ser um membro do Ministério Público, comunicamos a ação ao Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) antes mesmo de efetuar a prisão”, disse o delegado.

Ainda de acordo com Sidney Leite, Araújo havia chegado ao Amapá cerca de dez dias atrás. Ele tinha uma ‘namorada’ aqui e estava hospedado na casa dela. Em conversa informal, o promotor relatou ter passado os últimos meses no interior do Maranhão.

“Estamos encaminhando o prisioneiro para exames de corpo delito. Já confirmamos o recambiamento dele para o distrito de culpa ainda esta noite. Até lá o promotor ficará detido sob escolta na sede da Delegacia Geral de Polícia Civil”, concluiu o delegado.

Crime e julgamento
De acordo com o Ministério Público de Alagoas, os abusos foram denunciados em 2006 por uma das filhas do acusado identificada como Luana, a mais velha das vítimas, e a representação criminal foi oferecida pela mãe das crianças, Elisabeth Rodrigues Pereira. Em julho de 2007, o TJ recebeu a denúncia do MP, afastou Araújo das funções no órgão ministerial e decretou a prisão preventiva. Ele só foi solto em 2009, por causa do excesso do prazo de prisão, que já durava mais de um ano.

O relator do processo, desembargador Fernando Tourinho, explicou o voto pela condenação. Ele somou todas as penas dos crimes de estupro contra duas filhas e atentado violento ao puder com violência presumida contra duas vítimas.


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