Última Hora

Urbanitários prometem cruzar os braços se não houver reajuste

Trabalhadores da Caesa reivindicam 8.4% de reajuste salarial e pagamento de ticket alimentação em atraso


Os funcionários da Companhia de Água e Esgotos do Amapá (Caesa) amanheceram nesta sexta-feira, 12, em frente à empresa. Eles ameaçam paralisar as atividades a partir da próxima segunda-feira, 15, inicialmente no período da manhã, caso não tenham reajuste salarial de 8,4%. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado do Amapá, Francinaldo Flexa, e a diretora-presidente da Caesa, Patrícia Guedes discutiram a pauta de reivindicações no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9). Patrícia explicou que a empresa não tem como se comprometer em atender os funcionários por falta de recursos financeiros.

“Trata-se de um pleito justo, sem qualquer dúvida, porque se trata de reposição da inflação, mas infelizmente a Caesa não dispõe de recursos orçamentários e financeiros para conceder esse reajuste, porque tivemos cortes astronômicos no orçamento da empresa; dos R$ 10 milhões do orçamento do ano passado, tivemos este ano apenas R$ 4 milhões, que inclusive já foram todos utilizados nos primeiros quatro meses de 2015. A Caesa está sobrevivendo, atualmente, só da arrecadação, que é insuficiente para suprir as necessidades”, revelou Patrícia.

O presidente do sindicato reconheceu a capacidade de gestão e o esforço de Patrícia Guedes para resolver os problemas da empresa: “Ela é uma dirigente muito arrojada, conseguiu conquistas importantes, é servidora de carreira da Caesa, dialogo com o sindicato e com os funcionários, atualizou o calendário de pagamentos, que eram feitos anteriormente com muito atraso, mas o governo do Estado deixou os funcionários da empresa de fora da Agenda do Servidor, para que pudéssemos discutir a pauta de reivindicações”.

Por falta de recursos financeiros, a companhia trabalha hoje com sua arrecadação porque orçamento de 10 milhões do orçamento ano passado passou para 4 milhões este ano. A Caesa aguarda analise da Seplan para definir o orçamento – foi todo usado no primeiro quadrimestre.

Patrícia Guedes adiantou que a empresa, por si só, não pode fazer ‘absolutamente nada’ no sentido de atender o pleito da categoria. “A Caesa é uma empresa de economia mista e o Governo do Estado é o sócio majoritário; só com a anuência do Governo, portanto, podemos assumir todo e qualquer compromisso quando está em jogo a folha de pagamento. E é importante destacar que o governador Waldez Góes tem dado todo o apoio para superarmos as dificuldades que a empresa enfrenta, e os resultados são visíveis, porque os problemas de hoje não chegam nem perto dos problemas que encontramos no início da gestão”, pontuou.

Em meio à entrevista, o titular da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), Antônio Teles Júnior convocou a diretora-presidente da Caesa para uma reunião às 11h, na Secretaria, com a participação de representantes do Sindicato dos Urbanitários para discutirem a pauta de reivindicações, em uma rodada emergencial de negociações da Agenda do Servidor.


Deixe seu comentário


Publicidade