Youssef nega propina a Randolfe e STF arquiva ação contra senador
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o arquivamento da investigação contra o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), após o doleiro Alberto Youssef afirmar que não conhece o parlamentar
O senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP), foi citado pelo delator na Lava Jato Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, que atuava como transportador de dinheiro para o doleiro, como tendo recebido propina de R$ 200 mil.
O ministro Teori Zavascki seguiu entendimento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que havia opinado pelo arquivamento, depois de uma contradição entre o depoimento dos delatores.
Alexandre Rocha disse aos investigadores da Operação Lava Jato que “ouviu” comentário do doleiro Alberto Youssef de que o senador Randolfe recebeu R$ 200 mil de propina. A Procuradoria-Geral da República reinquiriu Youssef sobre o caso, e o doleiro ter tido esse dialogo.
A decisão do ministro pelo arquivamento é de 9 de dezembro do ano passado, antes mesmo de terem sido tornados públicos os depoimentos de Ceará e antes do recesso do Judiciário.
“Procurou-se obter esclarecimentos sobre a situação perante Alberto Youssef, que também celebrou acordo de delação premiado com o Ministério Público. O doleiro, que teria feito o repasse de valores ilícitos ao senador e haveria sido a fonte da informação fornecida por Carlos Alexandre de Souza Rocha, negou ambos os fatos”, relatou a procuradoria.
Alberto Youssef declarou aos investigadores que nunca teve a conversa relatada e sequer conhece Randolfe Rodrigues.
“Nunca entregou dinheiro a Randolfe Rodrigues; que nunca falou sobre a entrega de valores a Randolfe Rodrigues para Ceará ou para qualquer outra pessoa”, diz trecho de seu depoimento, transcrito na decisão do ministro Zavascki.
Quando foi divulgado o depoimento de Ceará, o senador Randolfe Rodrigues declarou que “alguns porcos querem levar todos para o chiqueiro deles, mas estou fora dessa lama”.
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