Cleber Barbosa

Depois da chamada operação ‘rescaldo’, em que policiais e oficiais de Justiça permaneceram 24 horas na área invadida da rodovia Norte-Sul, alguns ‘sem-teto’ retornaram ao local ontem. Tentavam recuperar alguns materiais que haviam ficado para trás na hora da ação de reintegração de posse.

Ainda sobre a invasão de uma área nobre da cidade, surgem agora relatos de quem foi ‘lesado’ pela ação de especuladores. Teve gente que pagou até R$ 1,5 mil por um lote sabidamente ilegal. E os espertalhões chegaram a pegar mais de cinco lotes para depois revender. Sem contar a ação de pseudos candidatos. 

O fato é que essa invasão na área da Infraero tinha tudo para dar errado. Primeiro porque existem sim projetos concretos para dar uma destinação institucional e também para projetos de habitação de interesse social. E outra: Sem-teto de carro novo não existe, vamos combinar!

Quatro exemplares do Jeep Willys, que realizaram um feito histórico no começo do ano, a Expedição “Do Oiapoque ao Chuí”, que está virando um livro escrito pelo jipeiro Otávio Neto. Dudu, Mandi, Zé Maria, Papagaio, Negão e Humberto, além de Adenildes e Leda foram na viagem.

A notícia de que a Vale é uma das investidoras da mineradora Samarco deixou muita gente mais aliviada, digamos assim. É que à medida que a lama deslisa por outras cidades e agora chega ao ES, aumenta o tamanho do prezuízo que ela terá que arcar, claro.

A Vale disse que a Samarco tem condições de gerar caixa suficiente para cobrir os custos fixos minimizados por meio da venda de energia e de serviços até uma possível retomada das operações. Tomara então!

Vale lembrar que o Amapá já viu o desabamento de uma barragem de mineração. Foi em Pedra Branca do Amapari, com a MMX. Resultou naquele polêmico TAC milionário que um juiz discordou da aplicação. 

A mineradora Icomi também adotou esse tipo de solução para a água proveniente do processo industrial. Mas felizmente jamais se teve notícia de que alguma barragem tenha provocado danos ambientais. 

Ainda sobre o setor da mineração, a coluna ouviu o presidente da Agência Amapá, Eliezir Viterbino, que  disse estar confiante de que o mercado internacional ‘destrave’ e o Amapá possa ter sobrevida no setor.

Com a mobilização das polícias Federal, Militar, Guarda Municipal e de oficiais de Justiça começou a ser debelada ontem a maior invasão dos últimos tempos em Macapá. Uma extenção de quatro quilômetros da rodovia Norte Sul havia sido tomada por supostos sem-teto.