Douglas Lima

  Inversões. Política, no seu significado etimológico, é a arte ou ciência de bem governar o povo; arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou estados. Ora, a respeitabilidade dada à ciência é decorrente do seu critério de funcionamento: abordagem, experimentação e conclusão. Neste país, parlamentar condenado, recolhido na cadeia, continua tendo […]


 

Inversões. Política, no seu significado etimológico, é a arte ou ciência de bem governar o povo; arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou estados. Ora, a respeitabilidade dada à ciência é decorrente do seu critério de funcionamento: abordagem, experimentação e conclusão. Neste país, parlamentar condenado, recolhido na cadeia, continua tendo o cargo e o status de deputado. O pior: além da população pagar esses elementos como presidiários, ainda tiramos do bolso recursos para os remunerar como parlamentares. “É uma vergonha”, diria Boris Casoy. Mas há quem diga que isso acontece porque vivemos numa democracia que, por sua vez, significa governo do povo, para o povo e pelo povo. Outra falácia: o povo não manda nada. Só faz votar. Quem manda, quem governa, são os eleitos que não estão nem aí para os significados de política e democracia. E assim o Brasil continua desacreditado pelo mundo.

 

A ferradura errada. A derrota de Napoleão na Rússia, há 200 anos, foi atribuída ao severo Inverno russo, especificamente porque os seus cavalos estavam usando ferraduras de Verão. Quando o Inverno chegou, esses cavalos morreram porque escorregaram em estradas geladas ao puxar os vagões de suprimento. O fracasso da cadeia de fornecimento de Napoleão reduziu seu forte exército de 400 mil para apenas 10 mil. Um pequeno deslize; um resultado desastroso! Tiago descreveu como um deslize da língua pode fazer um grande estrago. Uma palavra errada pode alterar as carreiras ou os destinos das pessoas. A língua é tão tóxica que sobre ela, Tiago escreveu: “…nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero” (3:8). O problema tem aumentado em nosso mundo contemporâneo como um e-mail descuidado ou uma postagem num site de mídia social que pode causar grande dano. Torna-se rapidamente viral e nem sempre pode ser recolhido. O rei Davi estabeleceu o respeito ao Senhor com a maneira como usamos nossas palavras. Ele escreveu: “…eu vos ensinarei o temor do Senhor […]. Refreia a língua do mal e os lábios de falarem dolosamente (34:11,13). Ele decidiu: “…guardarei os meus caminhos, para não pecar com a língua; porei mordaça à minha boca…” (39:1). Senhor, ajuda-nos a fazer o mesmo. Nossas palavras têm o poder de construir ou de destruir. — C. P. Hia

 

 

Quem é quem. A fraqueza do coração humano é uma das maiores virtudes. Nela, o ser humano se derrete em favor do semelhante, renunciando a si mesmo. É entrega total. O ideal seria que tal entrega, fraqueza e renúncia fossem correspondidas. Quem tem o coração fraco, emocional, espiritual e afetivamente, para os corações duros, é tido como ‘joão ninguém’, babaca, mané, zé mané, otário e outras denominações depreciativas. Pela alegria e leveza que o dono do coração fraco experimenta, o dono do coração duro é quem acaba sendo tudo aquilo, porque destila raiva, vingança, ódio, inveja e tudo mais negativo que possa existir. E tudo isso não passa para o coração fraco, pelo contrário, fica ainda mais entranhado no de coração duro. Por isso é que sou passivo. Prefiro aceitar tudo como vontade de Deus, do que fazer da minha vontade uma soberana que logo perecerá. Afinal, esse é o fim de todos nós humanos, tanto os de coração fraco como os de coração duro. E é verdade que quem não é babaca morre na Graça de Deus, ao contrário dos babacas.

 

 

 


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