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Anvisa libera serviços clínicos e exames nas farmácias

Varejo farmacêutico já pode aplicar mais de 40 tipos de testes laboratoriais


 

As farmácias brasileiras obtêm mais uma conquista histórica. Em reunião na quarta-feira, dia 3, a Anvisa aprovou a atualização do texto da RDC 302/2005, regulamentando a oferta de serviços clínicos e exames laboratoriais nesses estabelecimentos.

 

Com a decisão, o setor já está habilitado a aplicar pelo menos 40 testes rápidos em salas configuradas para a prática de assistência farmacêutica. Até então, o setor só podia realizar exames que aferiam casos de Covid-19 e glicemia.

 

A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), que representa as 27 maiores empresas do varejo farmacêutico nacional, enxerga a nova resolução como um marco para a saúde brasileira. Desde 2016 a entidade encampa um projeto de assistência clínica e, atualmente, mantém mais de 6 mil salas exclusivamente para esses serviços.

 

“Há pelo menos seis anos atuamos fortemente para alcançar esse momento. A RDC, aliada à Lei 13.021/2014, posiciona de vez a farmácia como porta de entrada do sistema de saúde no país”, enfatiza o CEO da associação, Sergio Mena Barreto.

 

O executivo destaca ainda o impacto da pandemia para reforçar o protagonismo do varejo farmacêutico na atenção básica. “Realizamos 20,7 milhões de testes da Covid e identificamos que pelo menos 10% dos casos eram graves o suficiente para encaminhamento ao hospital. Além disso, capacitamos cerca de 20 mil farmacêuticos para esses serviços. Isso mostra como podemos mudar a realidade da adesão aos tratamentos no Brasil, onde 70% da população não se submete a testagens para avaliar sua condição clínica”, comenta.

 

Com esse avanço, Barreto vê o Brasil mais próximo da vanguarda do mercado farmacêutico mundial. “Nas várias missões técnicas internacionais que promovemos anualmente no Exterior, ficou claro como poderíamos importar com sucesso modelos de negócios e atendimento. A Europa e o Canadá, com suas farmácias comunitárias, e a excelência dos Estados Unidos na aplicação de vacinas em larga escala apontavam o caminho. As redes da Abrafarma, que já são referência em toda a América Latina, agora podem levar a saúde brasileira a um novo patamar”, acredita.

 


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