Douglas Lima

Ainda bem

O IBGE idealiza solicitar ao Ministério do Planejamento em torno de 82.050 vagas temporárias com vistas ao concurso para o Censo Agropecuário. Todas as vagas deverão ser concentradas em edital. O objetivo é que os selecionados já estejam trabalhando em setembro. A autorização do Ministério do Planejamento não deverá demorar, já que, segundo o IBGE, a própria pasta informou que ‘há verba para fazer o Censo andar”. 


Reverência ao circo
Quem, da minha faixa etária, 60 anos, não se deleitou com espetáculos circenses? O circo foi pra mim a realização de sonhos infantis e adolescentes. Atingiu até a minha juventude, invadiu a fase adulta e ainda hoje é colírio, o melhor dos colírios para os meus olhos. Muito senti, em 2003, quando o melhor e maior circo brasileiro de todos os tempos arriou a lona. O Circo Garcia era famoso no mundo, apesar de suas apresentações se restringirem ao Brasil. Acredito que nenhuma cidade brasileira, pelo menos de médio a longo porte tenha deixado de abrigar o Circo Garcia. Ele chegou a ser uma febre nacional. Hoje os espetáculos circenses são raros. O Circo Garcia foi embora depois de 75 anos em atividades. Hoje, são poucas, quase nenhuma, essas organizações de espetáculos artísticos no Brasil, mas temos o destaque do Circo Stankowich. No mundo, entretanto, elas ainda existem, não mais tantas como antigamente. Em Paris, por exemplo, há o Cirque d’Hiver; nos Estados Unidos, Big Apple; o Tom Duffy’s, na Irlanda; e o Circo Imperial da China. Não podemos esquecer o Circo do Sol, do Canadá. Mas o que me levou a falar de circo, hoje, é a morte de um deles. Um dos mais antigos do mundo, o Ringling ou Barnum, dos Estados Unidos. Depois de 146 anos de atividades, o Ringling arria a lona, de vez. Mais uma grande perda no mundo de uma arte que vem desde a Idade Média, mas que, até hoje, ainda tem grande espaço para o público na área do entretenimento, apesar da internet e televisão e de outras criações tecnológicas. Ao circo, minha eterna reverência.

Coisas do carnaval amapaense
Somente ontem soube que a  Cidade do Samba tem prefeito, ou teve. William Patrick é o nome dele. WP, porém, disse que não manda mais na Cidade do Samba, que foi prefeito quando da gestão do ex presidente da Liesap, Geleia.
O fato é que a Cidade do Samba está abandonada, tomada por lixo, carcaças de alegorias e muito entulho, às escuras. Ladrões levaram toda a fiação elétrica do lugar.
Desde a sua fundação, em 2011, a Cidade do Samba, se não me engano, só teve duas promoções – apresentação de um artista de samba famoso e a Amazontech, uma feira tecnológica.
Ano passado não houve desfile das escolas de samba, neste ano também não há. Motivo: prefeitura da capital e governo do estado disseram não ter condições de bancarem a festa.
As escolas de samba, por sua vez, por não se interessarem em fazer dinheiro, para andar com as próprias pernas, não têm como realizar o carnaval.
Aliás que a Cidade do Samba é local ideal para festas, mas não é utilizada. Preguiça das escolas de samba, comodismo, desídia, desrespeito ao público que faz do carnaval uma das suas principais culturas.
Lero lero
A iluminação pública de Macapá é legalmente da responsabilidade da prefeitura, mas é a CEA que toma conta disso.
Apesar dos consumidores pagarem a taxa de iluminação, para ter as ruas da cidade iluminadas, em torno de 50% dos bicos de luz estão apagados.
Por esse índice, dá pra se ter a ideia do quanto a capital amapaense é má iluminada, mas CEA e prefeitura vão levando o problema na barriga.
A companhia de eletricidade diz que quer logo passar a atribuição para o município. A prefeitura, por outro lado, diz que está interessada em fazer o que lhe cabe, e que inclusive já tem um plano pra dar luz plena à city.
De conversa em conversa, o tempo passa, Macapá se aprofunda na penumbra, e pior: paga para ser iluminada, mas não consegue porque o Poder Público é lento ou irresponsável.


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