Nota 10

Noite de autógrafos de Mauro Guilherme acontece nesta quinta-feira

Poeta, escritor e cantor, promotor de justiça brinda amapaenses com lançamentos de dois livros simultâneos em cenário voltado para a vastidão do Rio Amazonas


Ramon Palhares
Da Redação

Acontece nesta quinta-feira (22) no Terraço da Procuradoria Geral de Justiça do Amapá, cujo prédio passou a ser conhecido como MP Araxá, o lançamento de mais um livro do poeta, escritor, cantor e promotor de justiça

Poeta, escritor, cantor e promotor de justiça, Mauro Guilherme faz o lançamento simultâneo de mais dois livros nesta quinta-feira (22), no Terraço da Procuradoria Geral de Justiça do Amapá. Paraense de Belém, ele veio para o estado em 1991, após ser aprovado no primeiro concurso público para o Ministério Público, e onde iniciou a sua já longa carreira literária, publicando obras de grande sucesso editorial.

Entre as obras do escritor, destacam-se: Reflexões Peóticas (1998), Humanidade Incendiada (2003), Destino (2007), O Trem de Maria (2009), As Histórias de João Pescador (2010) e do livro de contos Histórias de Desamar (2012). Mauro Guilherme também participou das antologias literárias II Contistas da Amazônia, da Universidade Federal do Pará (2003), Poetas do Meio do Mundo (2009), Cientistas do Meio do Mundo (2010), Cronistas do Meio do Mundo (2011) e Poetas na Linha Imaginária (2013).

A noite de autógrafos dos livros “História de Pássaro” e “Contos Estranhos” acontece a partir das 19h no Terraço do MP Araxá, local que se transformou naturalmente em palco de eventos culturais, e de onde se pode contemplar o Rio Amazonas em toda a sua magnitude e o Complexo do Araxá, um dos mais atraentes pontos turísticos de Macapá.

Na manhã desta quarta-feira Mauro Guilherme descreveu no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) as duas obras que serão autografadas. Ele explicou que “História de Pássaro” é contém 27 contos de temáticas variadas, tendo como ‘carro chefe’ o conto que dá título ao livro, onde um pássaro se encanta com o menino em um rio, mas o menino não se encanta pelo pássaro. “Contos Estranhos” também possui 27, que inicia com o conto “O Castelo”, uma viagem onírica pelo século XIX, onde um homem volta ao passado para reencontrar seu grande amor. “Nesse clima entre sonho e realidade estão também os contos “O Fantasma” e o “O Segredo”. Os dois contos seguintes enfocam temática de fundo religioso, de modo que neles há um conteúdo moral. Já “Feliz Ano Novo” é um conto de solidão, enquanto que “História de Natal” e “História de Menino” são contos em que a figura central é a criança, constituindo num verdadeiro passeio à infância”, relatou.

Encontro com o amor no Amapá

Mauro Guilherme disse que sua vinda ao Amapá foi uma “viagem fantástica” e após isso passou a nutrir um “relacionamento íntimo” com as terras tucujús: “Aprovado no concurso público para Promotor, eu peguei o barco e atravessei o rio para encontrar no Amapá o meu amor, isso há 25 anos; foi justamente durante essa viagem que nasceu a minha primeira poesia; aproveito para convidar os amantes da literatura para a noite de autógrafos que vai ocorrer amanha (quinta-feira), à 7 horas da noite no terraço da Procuradoria Geral do Ministério Público, cujo prédio nós chamamos carinhosamente de MP no Araxá, em cujo espaço você vê de cima Complexo do Araxá e o Rio Amazonas com toda a sua vastidão”.

Perguntado sobre suas preferências para leitura, o escritor afirmou que lê livros dos mais variados estilos: “Sou um leitor contumaz, tenho uma biblioteca extensa de direito e literatura, porque é preciso ler para poder escrever, por isso todo escritor é um leitor; atualmente estou lendo um livro de crônicas do Veríssimo, gosto muito dele; às vezes paro de ler um livro e começo a leitura de outro, mas, o Veríssimo, estou lendo de forma escorreita; ele é humorista da crônica, filho do Érico Veríssimo; é preciso observamos que nós temos que ler sempre best-sellers, Machado de Assis, Harry Potter, porém é necessário que a população do Amapá também abrace os nossos livros, os livros produzidos aqui, têm uma linguagem muito peculiar da Região”.

Sobre o sucesso que tem alcançado em suas obras, Mauro Guilherme revelou a receita: “O meu recurso para prender o leitor é sempre deixar que meu romance sempre acabe um capitulo com alguma coisa que desperte curiosidade para a continuidade da leitura até o ultimo capitulo, sempre deixando alguma coisa no ar; nos contos eu também deixo um gancho”.

Questionado sobre se a proliferação de livros visuais poderia diminuir o hábito da leitura de livros impressos, Mauro Guilherme discordou: “Tenho que admitir que as compras virtuais estão fazendo com que as livrarias fechem, mas os livros impressos continuam em voga, eu pelo menos não leio livro virtual;  meu hábito é o papel; no campo literário as pessoas leem livro de papel”.

Ao final da entrevista foi executada a música “Amapá”, com letra e música dele, ‘carro-chefe’ do primeiro dos três CDs que Mauro Guilherme lançou e que foi composta durante a sua viagem para Macapá, em 1991, partindo de Belém para encontrar em terras tucujús o seu amor e abraçar as carreiras jurídica e literária, uma sublime homenagem ao Amapá, cantada por ele, dotada de uma beleza indescritível, que retrata as lendas, os costumes e as belezas deste pedaço do chão brasileiro.


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