Douglas Lima

Vida: até quando?

A expectativa de vida do brasileiro vem crescendo ao longo dos últimos anos. Segundo levantamento da UnitFour, empresa fornecedora de dados para o mercado, a longevidade vai de 73 a 83 anos. As estatísticas mostram que 25% dos óbitos registrados entre 2014 e 2016 ocorreram em pessoas com essa faixa etária, seguido por 62 a […]


A expectativa de vida do brasileiro vem crescendo ao longo dos últimos anos. Segundo levantamento da UnitFour, empresa fornecedora de dados para o mercado, a longevidade vai de 73 a 83 anos. As estatísticas mostram que 25% dos óbitos registrados entre 2014 e 2016 ocorreram em pessoas com essa faixa etária, seguido por 62 a 72 anos, com 21%, e 84 a 94 anos, com 18%. Em ordem, temos 3% para 18 a 29 anos; 6% de 29 a 39 anos; 9% de 40 a 50 anos; 15% de 51 a 61 anos; 21% de 62 a 72 anos; 25% de 73 a 83; 18% de 84 a 94 anos; e 3% acima de 95 anos. Na somatória e desmembramento do período entre 2014 e 2016, o último ano apresentou a menor quantia de óbitos, registrando 20% do total. O ano de 2015, por sua vez, acumulou a maior parcela de mortes em três anos, chegando a 41%. Os outros 39% do comparativo ocorreram em 2014. No levantamento anual da empresa, quando comparados os óbitos versus o número de pessoas vivas em cada ano, o panorama foi o seguinte: em 2014 as mortes em território nacional representaram 0,41% do geral da população; em 2015 foram 0,43% e em 2016, 0,20% do montante de pessoas, registrando menor índice de mortalidade nacional se comparado com a quantia da população viva.

 

Biografia

Contemporâneo das injustiças e horrores da Guerra dos Trinta Anos e das guerras civis francesas, conhecidas como Fronda, São Vicente de Paulo foi a voz dos sem poder e incansável no amparo aos pobres. Um homem que lutava contra a indiferença e a cobiça dos grandes. Sua história, que já foi tema de inúmeros livros, é contada de forma original na biografia escrita pela jornalista e escritora Marie-Joëlle Guillaume. A partir de fontes já conhecidas, mas consideradas sob novos olhares, e também a partir de registros inéditos, “São Vicente de Paulo: uma biografia” apresenta a vida de uma grande figura às voltas com a condição humana de seu tempo.

Nascido numa vila camponesa na França, São Vicente de Paulo se tornou padre com 19 anos. Criou confrarias e instituições de caridade, entre elas “Congregação dos Padres da Missão” e “Filhas da Caridade”, que com a parceria de Louise de Marillac despertou o compromisso e a generosidade de mulheres abastadas. Admirado pela corte e alta nobreza, Vicente de Paulo influenciou o reinado de Ana de Áustria e de Luís XIII, e foi conselheiro da rainha Margarida de Valois. Guillaume destaca a ambivalência da atuação do religioso: “A guerra e paz durante os ministérios de Richilieu e Mazarin, nomeações episcopais apanhadas entre o martelo das ambições terrestres e a bigorna dos deveres de devoção, missões distantes dos elãs de fervor da primeira metade do século, mais tarde a irrupção do jansenismo e o dilaceramento por ele acarretados, a mobilização de mulheres de alto coturno, em todos os níveis da sociedade, para fazer frente às desgraças da época, a invenção de novas estruturas da caridade, tudo isso, que apaixonou o século, recebeu de Vicente de Paulo uma resposta original”.

 

Mão aberta
Biddy Mason foi posta numa cova anônima, em 1891. Isso era comum para uma mulher nascida na escravidão, mas notável para alguém tão talentosa como Biddy. Após tornar-se livre judicialmente em 1856, ela combinou suas habilidades de enfermagem com sábios empreendimentos e fez fortuna. Ao observar a situação dos imigrantes e dos prisioneiros, ela lhes estendeu a mão, investiu em caridade com tanta frequência que as pessoas começaram a fazer fila em sua casa em busca de ajuda. Em 1872, apenas 16 anos após ser livre, ela e seu genro financiaram a fundação da Primeira Igreja Metodista Episcopal Africana em Los Angeles, EUA.

Ela praticou as palavras de Paulo: “Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber” (v.35). Paulo era privilegiado, homem livre, mas optou por uma vida que o levaria à prisão e martírio para servir a Cristo e outros.

Em 1988, os benfeitores a homenagearam com uma lápide na presença de autoridades e de 3 mil membros da pequena igreja que tinha começado em sua casa cerca de um século antes. Biddy disse certa vez: “A mão aberta é abençoada, pois dá em abundância ao mesmo tempo que recebe”. A mão que doou generosamente recebeu um rico legado… é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus.— Tim Gustafson


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