Política

Promotor Moisés admite que pode deixar o PEN caso Bolsonaro migre para o partido

Pré-candidato ao Senado, atual titular da Semed pondera, entretanto, que direção nacional ainda não decidiu sobre candidatura do militar à presidência da República


O titular da secretaria municipal de educação (Semed) Promotor Moisés Rivaldo, admitiu na manhã desta terça-feira (01) que ele pode deixar o PEN caso o deputado federal Jair Bolsonaro realmente migre para o partido com o objetivo de disputar a presidência da República em 2018, conforme vem sendo noticiado pela imprensa nacional. Ele pondera, no entanto, que não há qualquer a direção nacional do partido ainda não decidiu recepcionar o deputado, e que só após o caso ser deliberado é que vai definir a sua posição.

“Eu faço parte do conselho politico nacional do partido e nos já reunimos no mês passado, conversamos a respeito; cabia essa possibilidade, mas não houve consenso; a gente ainda não tem essa certeza, há comentários, saiu na imprensa nacional, nas redes sociais, mas ainda não tem nada concreto, mesmo porque há a exigência da mudança de nome; o PEN é um partido que não é de esquerda radical, nem de direita radical, é de centro, e o Bolsonaro sabemos que é de direta radical, por isso não sabemos se a decisão vai ser pela vinda dele para o partido”.

Perguntado se o perfil de ditador atribuído a ele atrapalharia o as suas pretensões políticas no Amapá, Promotor Moisés afirmou que sim: “Com certeza, não na política em si, mas nas nossas posições; não sou politico pois não tenho mandato, mas faço politica dia a dia e sou contra posicionamentos radicais; temos que discutir, estamos na analise e na conversa, por isso só após essa eventual migração se concretizar é que vamos nos manifestar”.

Lembrado que Jair Bolsonaro é o 2º colocado em várias pesquisas eleitorais, abaixo só do ex-presidente Lula, o Promotor Moisés minimizou: “Eu confesso que na política tem que se analisar muito, na política tem que dialogar, mas de antemão muitas posições dele (Bolsonaro) eu não comungo, porque eu não assumo bandeira com tanto radicalismo. Hoje ele é o 2º colocado, mas os nomes ainda não foram todos colocados, tem muita água pra passar debaixo dessa ponte; o retrato das pesquisas hoje é o momento, mas quando os nomes começarem a ser colocados, as coisas podem mudar, como a própria posição do Lula, será que ele vai continuar liderando com tanta corrupção envolvendo o PT?”

Questionado se na hipótese de ser concretizada a ida de Bolsonaro para o PEN, a postura radical dele o levaria a trocar de partido, Promotor Moisés lembrou que ele faz parte de um grupo político no Amapá, onde figura como o 2º nome para o Senado: “Eu não gosto de sofrer antes da hora, vamos deixar pra sofrer na hora, não podemos sofrer por antecipação; temos que esperar pra ver se vai acontecer; se acontecer eu não tenho como apenas eu dentro do conselho politico definir, mesmo porque já se falou na ida dele para vários outros partidos, mas não há decisão nem que sim nem que não; a partir do momento da definição vamos nos posicionar, pois teria reflexos muito grandes no Amapá, pois eu faço parte de um grupo político no estado, sou a 2ª opção para o Senado, e dentro desse grupo tem que se discutir isso; dentro desse grupo tem ainda o PSDB, o DEM e outros partidos também que não compõe dentro de coligação oficiais, mas é um grupo que trabalha unido com o objetivo de mudar a política no estado”.


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