Ulisses Laurindo

Prisão de Nuzman é exemplo


Sinceramente já é hora de se procurar outra linha para dirigir o esporte olímpico brasileiro porque, apesar dos seus mais de noventa anos o resultado técnico sempre foi nulo sobrando a história fantástica conquistas de seus dirigentes, como essa agora do cidadão Carlos Arthur Nuzman que, em mais de 20 anos no comando do Comitê Olímpico Brasileiro aumentou em 475% seu patrimônio pessoal, enquanto as conquistas no campo das disputas sempre foram mais que discretas, acompanhadas sempre da conversa de no futuro tudo vai melhorar.

Quem acompanha o esporte olímpico do país sabe das artimanhas para manter o comando das entidades, pouco se importando com o progresso da atividade. Entra olimpíada e sai olímpiada e a história é sempre a mesma, pouca história de medalhas e as promessas de que tudo está sendo feito para se obter grandes vitórias, mais tarde.

O cidadão Nuzman não é o único culpado pelo estágio do esporte brasileiro, inclusive o futebol, que embora tenha a aceitação geral do povo padece dos mesmos vícios, com dirigentes mais interessados em seu bem estar pessoal e menos no esporte. Vejam o caso da CBF:escândalo em cima de escândalo, a começar por Ricardo Teixeira, que aproveitou da boa fé de João Havelange e deixou um legado de podridão, companhados por seus pares José Marin Marin (preso em Nova Yorque, por acusacão de roubo – e Marco Polo Del Nero, escondido no país sem poder viajar, sob pena de ser preso no exterior por culpa no esporte do continente.

O Caso Nuzman chegou ao máximo.Acusado de ter pago para conseguir os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio, tem agora sua vida levantada por essa e outras falcatruas em prejuizo do esporte. Talvez agora haja uma limpeza na filosofia de cooptação para se manter eternamente na direção da entidade. O caso é assim explicado: Para conseguir votos permanentes dos filiados – Confederações, Federações e Clubes- pretendentes aos cargos ofereciam vantagens com a certeza do votos certos dos dirigentes. Assim se eternizavam na nas entidades e o desenvolvimento do esporte ficava sempre para mais tarde. Assim vive até hoje o esporte brasileiro até que, enfim, foi descoberto através de Nuzman.