Ulisses Laurindo

Vitória hoje, a solução


A seleção brasileira iniciará esta manhã, em São Petersburgo, contra a Costa Rica, a partida com pensamentos e ações diferentes do jogo anterior, contra a Suiça, pautando, como limite o máximo de suas qualidades reais e não com suposição de que tem o melhor futebol do mundo e, por isso, terminam as partidas com inevitável vitória das cores nacionais. Costa Rica, teoricamente, é seleção com menor padrão técnico, mas terá como primeira condição impor por seu jogo e dominar o adversário e, por fim, chegar à vitória. A idéia de que a seleção penta campeão do mundo é imbatível caiu por terra na simples retranca dos suíços.

Para esta manhã, o treinador Tite cuidou de reforçar o esquema da equipe, e, no último treino, na quarta-feira, em Sochi, treinou passes rápidos e marcação por pressão, condições essenciais para situar a equipe quanto à possível vitória. Apesar da insatisfação do jogo inicial, a escalação da equipe será a mesma, inclusive com a inclusão de Neymar que, durante vários dias, chamou a atenção de todos com a dúvida de que não estaria na partida. Estratégia ou não, o fato é que desde, ontem, ele foi escalado.

Ainda é cedo para pesadas críticas sobre o comportamento da seleção, mas a atuação no jogo contra Suiça suscitou muitas dúvidas, principalmente quanto ao sistema desenvolvido por Neymar prendendo demais a bola, impedindo o aceleramento dos demais companheiros. Outro assunto debatido foi a mutação no nome dos capitães , que, segundo a maioria, impede a determinação de uma só voz quanto às decisões durante o jogo. A vitória hoje contra os costariquenhos é de sua importância. Com um ponto apenas do empate contra a Suiça, a não obtenção de três pontos colocaria o Brasil em situação delicada, porque faltando uma rodada, a vitória final pode não depender de suas próprias forças, em razão do comportamento dos adversários, eventualmente com melhores resultados de seus jogos. Para o torcedor brasileiro, o único resultado hoje será a vitória categórica brasileira, por ter o futebol mais objetivo, longe do que está sendo apresentado pelos grandes favoritos, metódico e sem objetividade ao gol. O último compromisso dessa fase, será na quarta-feira, contra a Sérvia, outro osso duro de roer.