Heraldo Almeida

Joinville é a capital nacional da dança


Agora é oficial e a cidade catarinense de Joinville é a Capital Nacional da Dança. O título, sancionado pelo presidente da República, Michel Temer, e pelo ministro da Cultura, Marcelo Calero, só confirma a vocação da região que promove, há mais de 30 anos, o Festival de Dança considerado pelo Guiness Book como o maior no mundo em número de participantes – em torno de 4,5 mil bailarinos. A cidade ainda abriga a única Escola do Balé Bolshoi fora da Rússia.

A entrega simbólica do título ocorreu na noite de abertura do 34ª Festival de Dança de Joinville, na quarta-feira (20), e o título foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta (21). Há mais de 30 anos, Joinville promove o evento e, em paralelo, acontecem também a Mostra de Dança Contemporânea, o Festival Meia Ponta – voltado para crianças –, a Feira da Sapatilha, o Encontro das Ruas, a Rua da Dança, além do Palcos Abertos e da Passarela da Dança. O festival segue até sábado (30), com diversas companhias nacionais de dança.

Para o presidente do Instituto Festival de Dança de Joinville, Ely Diniz da Silva Pinto, o título concedido oficialmente à cidade já tem o reconhecimento dos participantes. “A diferença é que agora é oficial, é lei. Culturalmente é inquestionável, pois sediamos um festival considerado o maior do mundo em número de participantes e abrigamos a única escola do Balé Boshoi fora da Rússia”, salientou. O ministro da Cultura, Marcelo Calero, reforçou que a dança conferiu um outro status à cidade: “O título de capital da dança concedido a Joinville reflete a riqueza da produção artística brasileira e a importância econômica da atividade cultural”.

A edição deste ano do Festival reúne mais de 400 grupos de escolas de dança do país. Segundo ele, a maioria dos estados está representada. “Joinville é um “brasileirão da dança”, diz, ao acrescentar que a média de público nos espetáculos é de 4,2 mil pessoas, entre turistas e a comunidade local, apenas no palco principal. Mas mais 230 mil pessoas circulam pelos palcos espalhados pela cidade. A realização do evento só é possível porque o Festival está na lista dos beneficiados com incentivo fiscal da Lei Rouanet. “O mecanismo é de extrema importância para a produção cultural no país e por isso é muito importante entender que o que se faz em cultura não seria possível sem essa fonte de financiamento. (www.cultura.gov.br)

Imperdível
Nesta sexta, 16, a pedida é ouvir Amadeu Cavalcante e convidados no Projeto MPA (Música Popular Amapaense), às 21h.
Com Loren Cavalcante, Mayara Braga, Helder Brandão e Beto Oscar. Esquina da av: Procópio Rola com a rua Hamilton Silva – Centro. Informações: 99126-6262. Imperdível.

Teatro
A Cia. Cangapé convida para o espetáculo “Se Deixar, Ela Canta”, nesta sexta (16), no salão de eventos do Sesc Araxá, às 19h.
A entrada é gratuita.

Projeto MPA
É um movimento que integra artistas da música produzida no Amapá, que canta a nossa cultura artística com linguagem amazônica.

Cantoria
Sábado, 17, tem show do cantor e compositor Nivito Guedes, no Bar Brasileirinho (em Santana). 21h.
Ubaldo Figueira com a av: Maria Colares – Centro.

Xinguanas
Todo ano, cerca de 100 mulheres indígenas se reúnem para debater temas que afetam o seu dia a dia e procurar juntas soluções para problemas em comum.
O projeto Rodas de Conversa das Mulheres Xinguanas, promovido pela Associação Yamurikumã das Mulheres do Xingu, foi um dos premiados no Prêmio Pontos de Cultura Indígenas, lançado pelo Ministério da Cultura em 2015.
A associação recebeu (setembro) recursos previstos no edital. A iniciativa faz parte do compromisso assumido pelo MinC. (www.cultura.gov.br).

“Batom Bacaba”
Novo CD da cantora amapaense Patricia Bastos, “Batom Bacaba” já tem data de lançamento em Macapá. Dia 11 de novembro, no Teatro das Bacabeiras.
Dia 29 de setembro – Rio de Janeiro (Solar do Botafogo), dia 2 de outubro – Campinas, São Paulo (Concha Acústica do Parque Taquaral) e dia 6 no Centro Cultural Rio Verde, capital.

Homenagem
Violonista Sebastião Mont’Alverne (falecido recentemente) será o homenageado da 8ª edição do Amapá Jazz Festival, o maior da música instrumental da Amazônia.
Dias 20, 21 e 22 de outubro em Macapá, no Norte das Águas, Complexo Marlindo Serrano (Araxá).