Homem que estuprou e engravidou enteada é preso e mandado para penitenciária
Fatos só vieram ao conhecimento da polícia em 2021, quando uma das vítimas esteve abrigada em Casa de Acolhida e relatou o que vinha sofrendo

Elen Costa
Da Redação
Policiais civis da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) de Santana prenderam um homem de 47 anos condenado pelos crimes de estupro de vulnerável e tortura contra enteados.
A delegada Katiúscia Pinheiro, que presidiu o inquérito policial, contou que os abusos sexuais iniciaram em meados de 2018, quando a vítima tinha apenas 12 anos de idade. As violências se perduraram por dois anos, ocorrendo por diversas vezes, nas mesmas condições de tempo, espaço e maneira de execução.
“Quando a criança se negava a manter relação sexual com ele, era agredida fisicamente, tendo, em decorrência dos abusos sexuais, a menina engravidado aos 13 anos de idade”, detalhou a autoridade policial.
Katiúscia disse ainda que o padrasto se aproveitava da coabitação e da relação de confiança que detinha no seio familiar da vítima. “Quando ela dizia que iria contar para a genitora, era ameaçada e agredida fisicamente, inclusive, ele dizia que poderia ser preso, mas que, quando saísse, ou mesmo de dentro da cadeia, iria matá-los”.
Os fatos só vieram ao conhecimento da autoridade policial no ano de 2021, quando a vítima esteve abrigada em Casa de Acolhida e relatou o que vinha sofrendo. O padrasto negou os abusos sexuais, mas foi condenado judicialmente.
A delegada classifica a intimidação da vítima como uma das estratégias mais usadas por predadores sexuais de crianças para garantir a sua impunidade.
Em relação ao crime de tortura, foi constatado que o elemento agredia fisicamente o enteado, de dez anos de idade – irmão da vítima do estupro.
“O terror era tão grande, que quando essa criança o via, escondia-se com medo. Quando chegava alguma visita, ele era trancado no quarto para ninguém ver as marcas das agressões. Além disso, ele teria obrigado o menino a limpar o quintal nu e ficar de castigo ajoelhado no milho cru, como forma de medida corretiva”, expos a delegada.
O homem preso, por meio do cumprimento de mandado de prisão definitiva, foi encaminhado ao Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) para iniciar o cumprimento da pena de 22 anos, 6 meses e 25 dias de reclusão por estupro de vulnerável e da pena de 2 anos e 4 meses de reclusão por tortura.
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