Ulisses Laurindo

Bolt 9s58: 10 anos atrás


Uma década, 521 semanas ou 3.652 dias. No dia 16 de agosto de 2009, Usain Bolt corria os 100m rasos em 9s58 e conquistava o ouro no Mundial de Berlim, batendo um recorde mundial que já era dele – 9s69, obtidos no dia 16 agosto de 2008. O mundo mudou bastante desde então, mas a marca do Raio segue imbatível. Quem chegou mais perto do recorde no período foram Tyson Gay e Yohan Blake, ambos com os mesmos 9s69 de Bolt em 2008.

Atual líder no ranking da IAAF (Federação Internacional) dos 100m, o americano Christian Coleman tem um 9s79 em agosto de 2018 como melhor marca na carreira.

Já o vice-líder, Justin Gatlin, também dos Estados Unidos, correu os 100m em 9s74 em maio de 2015, o que faz com que Bolt acredite que o seu recorde demorará a ser quebrado.

– Tudo é possível, mas eu acho que vai demorar para alguém quebrar o meu recorde – disse Bolt, em entrevista ao Esporte Espetacular. Eu ainda não vi ninguém que se aproxime disso. No futuro, daqui a uns 20 anos, acho que vai surgir um velocista que vá superar o meu recorde, completou.

Bolt quebrou o recorde mundial dos 100m rasos três vezes ao longo da carreira, encerrada após o Mundial de Londres 2017. O jamaicano foi quem mais se distanciou do detentor anterior do recorde – o compatriota Asafa Powell com 9s77 – e é o segundo a manter-se por mais tempo no posto. O líder deste ranking é o americano Jim Hines, recordista dos 100m por 14 anos seguidos. Caso Bolt mantenha-se recordista até 2023, ele superará mais esta marca.

Além do recorde mundial, Bolt retirou-se das pistas como primeiro e único tricampeão olímpico dos 100m. Em Londres 2017, ele tentou o inédito tetra mundial, mas acabou não obtendo êxito na final, mantendo-se com os mesmos três títulos de campeão do mundo de Maurice Greene e de Carl Lewis.

Depois que deixou o atletismo, Bolt chegou a arriscar-se no futebol, sua paixão de infância. Torcedor fanático do Manchester United, o jamaicano chegou a treinar no Borussia Dortmund em 2018 e depois passou por um período de testes no Central Coast Mariners, da Austrália. Pela equipe da Oceania, Bolt disputou amistosos e até marcou gols. Apesar do relativo sucesso nos gramados, ele optou por não assinar um contrato profissional, dedicando mais tempo à sua vida pessoal aos 32 anos.