Ulisses Laurindo

Mesmo esquema para Tite


É natural que o torcedor brasileiro se envolva de corpo e alma a tudo que se relaciona a futebol, pois é a modalidade que tem dado grande alegria, pelo menos quando era dirigido com sabedoria e decência e, acima de tudo, com interesses limitados. Hoje, o futebol passou a ser frequentado por uma fatia exagerada de pessoa que se mete nele para enriquecer ou exibir vaidade. O Brasil joga nesta quinta-feira, em Quito, contra o Equador, pela sétima rodada das eliminatórias para a Copa da Rússia, em 2018. Era natural e mais do que necessário longo planejamento para a seleção.

Vejam bem o que vai acontecer. Depois da convocação do treinador Tite, a equipe embarca neste domingo para a cidade equatoriana e fará apenas um treino na segunda-feira e outro, no dia seguinte no local da partida. Tudo bem, mas para esporte coletivo é muito pouco, principalmente considerando os titulares pertencem a clubes e locais diferentes.

A confiança é que o novo treinador resolva o problema, o que é improvável, pois milagres não existem, pois, nesse caso, iria beneficiar o adversário. E o mais sério é que seleção equatoriana ocupa a primeira colocação nas eliminatórias e vai jogar diante de seu torcedor. Depois vem a reclamação de que o futebol brasileiro não é mais o mesmo. Também pudera, com um calendário deste é dificil imaginar coisa melhor. Dirão, e os outros, por certo, vivem o mesmo drama. Não interessam os outros, o importante somos nós. Na verdade, o esquema de Tite será mesmo de antecessores. E daí ?

Esporte Olímpico
Depois dos pífios resultados do esporte brasileiro nos Jogos Olímpicos do Rio, os dirigentes começam a dizer que o Brasil em Tóquio será outro, com melhores marcas em todos os setores.

Convém alertar, porém, que não é dizendo que se vai melhorar nos próximos eventos, mas sim, fazer de fato o dever de casa. Por exemplo, agora no Rio/16, houve um dado que pode ser encarado com o muito certo para o futuro: o apoio das Forças Armadas amparando 87% dos medalhistas nacionais em número de 19. Os Estados Unidos são líderes nos esportes olímpicos porque lá os seus representantes são, na grande maioria, universitários, o que não ocorre no Brasil, cujo esporte dessa área, inexiste. Como hoje não existe amadorismo quem não tem a filosofia da formação através da educação tem mesmo é que financiar, sob pena de, apenas, só poder aplaudir os campeões