Ulisses Laurindo

Real favorito no Japão


Há alguns anos quando de decisões  envolvendo clubes do mundo inteiro era sempre  esperada  a presença de um time brasileiro, em razão  da categoria do futebol do país, identificado como o único penta campeão. Hoje, entretanto, a situação é outra, e o torcedor se satisfaz a apenas a acompanhar o desenrolar de partidas com adversários que, em outras épocas, eram apenas pequenos obstáculos.

E vale citar a lembrança de Santos, Corinthians, Internacional, São Paulo e Grêmio. É o que vai acontecer em Yokohama, no Japão, quando, a partir das 8h30m (hora de Brasília), de hoje, quando jogarão, pela semifinal do Mundial de Clubes da Fifa,  Real Madrid e  América, do México, para indicar o adversário do Kashima Antlers, do Japão, que  ganhou ontem do Atlético Nacional, da Colômbia, por 3 a 0, na outra semifinal.

A análise sobre a ausência do futebol brasileiro nessas finais mundiais diz muito sobre o atraso que o futebol no país sofreu nos últimos anos lutando  para  ganhar  a Libertadores,  como aconteceu com o Corinthians, em 2012, posição que confere  o  direito à disputa do título mundial.

Nos últimos 15 anos, o Brasil só conquistou quatro títulos mundiais – Corinthians, em 2000 e 2012, Internacional, 2006 e São Paulo,  2005. Quando um time brasileiro entrava para a disputa de um título mundial, tinha-se quase a certeza de vitória. Com as experiências negativas nos últimos anos o reflexo foi  o enfraquecimento dos clubes e, paralelamente, o crescimento de outros países, como a Colômbia, e ainda sem nenhum perigo para a hegemonia européia, detentora de melhor organização e, conseqüente, resultados positivos. A partida de domingo, entre Real Madrid e Kashima, é evidente o favoritismo do time espanhol.

Prisão
Todos ainda se lembram do conflito do dia 23 de maio entre torcedores do Flamengo e Corinthians, no Maracanã, quando se enfrentaram torcedores dos dois times e com prisão dos visitantes que acabaram em número de 32 presos. Decorridos 52 dias do episódio, 28 agressores continuam presos no Rio e, ontem, foi concedida a  liberdade a apenas um – Vitor Hugo Sousa. Os demais continuam na prisão, sob a infração  de tumulto em evento esportivo, lesão corporal, danos ao patrimônio público, assistência, corrupção de menores e associação criminosa. A pena prevista é de até 21 anos de reclusão.