Ulisses Laurindo

Voleibol feminino (XX)


Foi nos Jogos de Londres, em 2012, que o Brasil conquistou o maior número de medalhas, superando os recordes de Jogos anteriores, desta vez, com 17 pódios, sendo três de ouro, cinco de prata e nove de bronze. Dessas, três de ouro, uma pertence à equipe feminina de voleibol que bisou o feito de Pequim (2008), em Londres, quatro anos depois, feito que se firmou no mundo do vôley como uma grande seleção do esporte da rede. As heroínas, comandadas por José Roberto Guimarães, em 2008, foram as campeãs Carol Albuquerque, Fabi, Fabiana Claudino, Fofão, Jacqueline Carvalho, Mari, Paula Pequeno, Sheila, Thaissa, Valeskinha, Waleska e Sassá. Há quem confie que a seleção poderá chegar ao tricampeonato olímpico agora no Rio de Janeiro, fato que seria inédito na história. O segundo título feminino foi em Londres, 2012, ocasião em que passou para os anais dos Jogos.

O voleibol brasileiro, tanto nas quadras como nas areias começou a mostrar sua cara a partir dos Jogos de 1984, em Los Angeles, quando ganhou a primeira medalha na história, duelando com os Estados Unidos, dono da casa, dos quais perdeu ficando com a medalha de prata, com uma geração bastante positiva para o sucesso, dali em diante.

Com 17 medalhas no currículo, o mesmo número de vitórias do judô, o voleibol começou se despontar como modalidade mundial, como já vimos, a partir de 1984, com a medalha de prata. O sucesso posterior teve, como base, a criação, pela Confederação Brasileira do Centro de treinamento, localizado na cidade fluminense de Saquarema, polo que concentrava não apenas as seleções para compromissos oficiais, como, também, para formação de novos valores, nas diversas idades. De lá saíram os grandes ídolos que fortaleceram o esporte nacional e, particular, o voleibol.

Para os Jogos do Rio há apostas na vitória das moças brasileiras, pois, além de contar com a direção de Zé Roberto Guimarães no comando, a equipe está em excelente preparo físico e técnico, provados no recente título da Liga Mundial, aonde chegou à décima conquista, derrotando adversários que, por certo, vai enfrentar seleções preparadas como França, Itália, Sérvia, todas com derrotas para as brasileiras.

A possibilidade da vitória no Rio é perfeitamente possível. Hoje as modalidades coletivas têm comportamento diferenciado de alguns anos, quando os treinamentos eram realizados parciais, ou pela manhã, tarde ou noite, devido aos compromissos dos jogadores, todos eles trabalhadores e com tarefas em outras atividades. Agora a maioria ou mesmo a totalidade das atividades se concentra em atividade diária nos treinamentos, com exigência praticamente nos três turnos do dia. Só assim é possível neutralizar a força dos adversários, que seguem as mesmas receitas.