Wellington Silva

A deselegante diplomacia brasileira


 

Não é de hoje que o Brasil vez por outra adota posturas nada recomendáveis perante a comunidade internacional.

 

Como membro da Organização das Nações Unidas o nosso “Brasil brasileiro, terra de samba e pandeiro” já deu diversas caneladas e já se meteu em “cumbuca” mesmo, “numa fria”, “numa roubada”, como antigamente se dizia na gíria hippie.

 

A grande vergonha histórica, a clássica, e talvez a maior delas, foi o “namorico” diplomático do estado brasileiro com os nazistas, em plena Segunda Guerra Mundial, durante a era Vargas. Era um vai e vem de oficiais nazistas em Natal, Rio Grande do Norte, altamente interessados em utilizar portos e aeroportos das regiões Nordeste e Norte para tentar bloquear, a qualquer custo, o envio americano de equipamentos de combate, tanques de guerra, aviões, munição e soldados destinados à frente de combate e resistência Aliada na Europa.

 

Pressionado pelo governo americano, inglês e demais países do chamado bloco Aliado, Getúlio Vargas não teve outra saída a não ser se aliar aos Aliados e romper definitivamente com os nazistas, declarando guerra ao nazifascismo.

 

Em 2020, 2021 e 2022 o mundo atônito viu e todos nós sentimos a vergonha da política negacionista do estado brasileiro em relação a pandemia da Covid-19. Em meados de 2023 ainda sentimos resquícios da mentalidade fanática bolsonarista com a quase destruição total do Congresso Nacional, do Palácio do Governo e do prédio do STF, notícia corrida mundo afora, da tentativa do fracassado golpe de estado.

 

Hoje, em pleno Século XXI, ano 2023, assistimos a grande maioria do mundo livre apoiar a luta e a independência da Ucrânia das garras do impiedoso totalitarismo russo.

 

Durante o encontro dos grandes líderes mundiais, na qualidade de membros natos da Organização das Nações Unidas, todos cumprimentaram o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, exceto o representante da nação brasileira, que se manteve em silêncio, na ocasião, e criou um clima desagradável para o país perante a comunidade internacional.

Mister lembrar, e é mais que evidente para qualquer leitor ou analista internacional, não restar outra saída ao povo ucraniano a não ser resistir e lutar para expulsar o invasor. Mas, como diz o velho ditado, “pimenta no dos outros é refresco”!

 

O que restaria a nós, por exemplo, povos da Amazônia, caso nossas cidades fossem destruídas por um invasor estrangeiro? Lutar render-se ao inimigo, para depois virar lacaio?

 

Penso honestamente que o Presidente Maduro já está maduro demais perante os olhos da comunidade internacional, uma “figura” por todos claramente vista como um “grandioso” déspota que não respeita os direitos humanos, não respeita a liberdade de imprensa e muito menos toda e qualquer oposição contrária ao seu governo totalitário. Chamar esta aberração bestial de democracia é o mesmo que considerar todo governo déspota como normal, justo e perfeito. Aí é pra acabar e avacalhar de vez com os conceitos democráticos!

 

Toma rumo Brasil, e bem antes que o Capitão Mortalha e seus fanáticos seguidores venham novamente a ganhar força perante a comunidade nacional e internacional, e espalhem novos diabinhos…

 

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