Wellington Silva
A necessária jurisprudência aos símbolos nacionais
Em boa hora o deputado federal Márcio Macedo (PT) apresenta à Câmara dos Deputados projeto de lei que visa proibir o uso político dos símbolos nacionais, principalmente, em manifestações antidemocráticas.
A atitude louvável e extremamente necessária é uma proposta legal com o objetivo único de coibir o uso indevido e abusivo da Bandeira Nacional do Brasil e do Hino Nacional em atos golpistas arquitetados por grupos bolsonaristas na frente de quartéis e em vias públicas.
Ultimamente o que se vê é justamente a banalização e o desgaste por conta da ridicularização quase diária dos principais símbolos nacional do país:
A Bandeira Nacional e o Hino Nacional Brasileiro!
Independentemente de partidos políticos e ideologias, de correntes partidárias, eis um tema que de muito já deveria ter sido seriamente pensado e discutido, pois muitos brasileiros já se ressentem de vestir o verde amarelo, por exemplo, para não serem confundidos com “bolso arianos”.
E, de fato, o maior símbolo nacional brasileiro, a Bandeira Nacional, já se tornou símbolo de divisão política uma vez que grupos radicais bolsonaristas já se apropriaram da Bandeira Nacional para ostentar um falso patriotismo, entenda-se no bom e claro português, o golpismo, o fecha tudo, a idolatria de um ser absoluto, reinante e incontestável, de acordo com sua louca natureza.
Seria muito cômico, se não fosse trágico!
A grave crise institucional gerada pelo líder do poder executivo e seguidores e suas práticas e oratórias abusivas e ofensivas contra os poderes da República vem gerando um desgaste sem igual na história política e administrativa do Brasil. Um desgaste que tem um único objetivo comum: dividir, gerar o caos, para depois do caos tentar melhor governar!
Ocorre que o tiro saiu pela culatra, atingiu o pé, a virilha, de tão absurdas as palavras insanas, atos e omissões que certamente virão à tona ano que vem!
Perdeu “cafifento”!
E o gado bolsonarista, já disperso, uns vagando e outros loucos a correr no pasto, na base do salve-se quem puder, dão o tom do The Final Cut, O Ponto Final desta triste e alucinada tragicomédia nacional em que pequenos setores radicais das Forças Armadas um dia erroneamente pensaram em ser a “grande tábua de salvação nacional”, para vergonha de todos nós, evidentemente!
Já estão sendo vítimas de si mesmos!
E novamente, perdeu “cafifento”!
“Sopraram os ventos, vieram os vendavais, e deram de rijo contra esta casa, e foi grande a sua queda…”
Desde que Lula da Silva venceu a segunda volta das eleições, em 30 de outubro, houve protestos e mobilizações exigindo intervenção militar no país.
Entre as imagens mais polémicas estão dezenas de pessoas alegadamente fazendo a saudação nazista enquanto gritavam em frente a um quartel em Santa Catarina, onde Bolsonaro obteve mais de 69% dos votos.
A iniciativa do deputado surge no momento em que a esquerda tem lançado uma espécie de campanha para tentar recuperar alguns símbolos nacionais distorcidos por Bolsonaro e seus apoiantes a tal ponto de que muitos brasileiros desistiram de vestir a ‘t-shirt’ da equipa de futebol nacional.
Lula da Silva já criticou Bolsonaro pelo uso político desses símbolos, acusando-o de ter abandonado o povo brasileiro ao usar a bandeira para mentir e espalhar o ódio, e incentivou a esquerda a voltar a usar os símbolos nacionais.