Wellington Silva

A Sudam e nossos projetos essenciais


Extremamente louvável a iniciativa do estado amapaense em buscar apoio, formar parcerias, e finalmente aprovar bons projetos sustentáveis para o Amapá na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia – Sudam, braço legal de apoio a nossa Amazônia Legal.

Somente o projeto de Zoneamento Ecológico Econômico do Amapá, por exemplo, é uma velha luta e uma velha aspiração que advém desde o governo de João Alberto Capiberibe. Já a questão da regularização das terras amapaenses, com o aval legal da União, é uma luta que teve seu início e depois desenvolvimento no segundo e agora terceiro mandato de Waldez Góes. Evidentemente, em se tratando das lutas do Amapá no planalto central do Brasil, e em especial, na Sudam, nada cai de repente do céu e muito menos se consegue finalizar projetos, justamente propostas de tamanha envergadura, em curto espaço de tempo.

Ao que tudo indica, o grande foco para o Amapá é o turismo de negócio, ecológico e gastronômico, considerados por especialistas como vetores econômicos de desenvolvimento da região.

A grande proposta ou grande sacada da Sudam é exatamente ofertar incentivos fiscais a pessoas jurídicas que mantém empreendimentos em operações na Amazônia Legal. Portanto, a ideia da Sudam é reduzir a carga tributária para atrair investidores.

Financiamento para investimentos em infraestrutura, serviços públicos e empreendimentos produtivos de grande capacidade germinativa de novos negócios podem ser feitos por intermédio do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia. Existe, disponível, para este ano, através do Fundo Constitucional de Financiamento, R$ 7,5 bilhões em recursos para financiar produtores rurais, recurso que poderia muito bem ser empregado em apoio as Escolas Família Agrícolas, por exemplo, experiência de projeto comprovadamente positiva nos meios rurais.

Mister lembrar, como fator essencial, principal e fundamental, para o turismo cultural ecológico e histórico do Amapá, o seguinte:

O Sítio Arqueológico do Calçoene, Sítio Arqueológico do Maracá e Base Aérea do Amapá.

O Sítio Arqueológico do Calçoene é uma grande joia diamante histórica para o Brasil e para o mundo muito em função de suas comprovadas características, observadas por pesquisadores, pois trata-se de espaço cultural cuidadosamente organizado por inteligente civilização, com posicionamento de rochas, a fim de definir os solstícios de inverno e verão, quem sabe para colheitas, etc…

O Sítio Arqueológico do Maracá, com suas cavernas, apresenta incríveis desenhos rupestres. Dentro delas, foram encontradas diversas urnas funerárias, atualmente guardadas no Museu Joaquim Caetano da Silva, em Macapá, Estado do Amapá.

A Base Aérea do Amapá, para historiadores, é considerada como ponto estratégico de apoio e resistência dos Aliados contra o nazifascismo, durante a Segunda Grande Guerra Mundial (1938/1945), planejada e construída por americanos.

Portanto senhores, os sítios arqueológicos do Calçoene e Maracá e a Base Aérea do Amapá merecem e devem ser lembrados na mesa de discussão da Sudam como necessários espaços vitais de valorização e de divulgação do turismo cultural ecológico e histórico desta região setentrional.