Wellington Silva

João Lourenço da Silva


Ele aqui chegou, em Macapá, em 1943, aos nove anos, vindo de Campina Grande, Paraíba, em busca de oportunidades com a família.

 

Inicialmente, enfrentou muitas dificuldades, ao lado de sua mãe, Maria Severina, para o sustento de seus irmãos. Mente aguçada e curiosa, espírito irrequieto, cursou o primário no Grupo Escolar Barão do Rio Branco (1950) e fez o curso ginasial no Colégio Amapaense, em 1954. Em 1957, com muito esforço e dedicação, completa o chamado Curso Científico, no Colégio Amapaense, histórico espaço de saber no qual viria a ser pouco depois um dos seus melhores diretores.

 

Nesta mesma época, ainda jovem, aprende o ofício de alfaiataria com o conhecido atleta de futebol e mestre da alfaiataria tucuju, “Vadoca”, com ateliê localizado atrás da Igreja Matriz de São José de Macapá. Até 1964, após processo seletivo, passa a trabalhar como Contador no Banco da Lavoura de Minas Gerais S/A, depois denominado Banco Real S/A. Seguidamente, neste mesmo ano, agarra-se a mais uma boa oportunidade para o exercício da função contábil dentro do setor financeiro da empresa Indústria e Comércio de Minérios S/A, Icomi, Chapa 6835.

 

Em 1965, em Macapá, realiza o Curso de Cades, História e Administração Escolar, registro 2.842/MEC. Ano seguinte, 1966, na Universidade Federal de São Paulo, Centro Professor Queiroz Filho, faz o Curso de Preparação de Pessoal Técnico, curso que lhe proporciona vasto cabedal de conhecimentos como um dos melhores e um dos mais aplicados acadêmicos. É nesta época, na função de diretor do Colégio Amapaense, que o Professor João Lourenço é convidado pelo governo de Lisboa Freire a contribuir para a educação amapaense, tempo em que tudo estava por fazer.  Na qualidade de diretor do CA, logo sua capacidade intelectual e de liderança se faz notar e é convidado a compor chapa com o saudoso Cabo Alfredo para o cargo de suplente de deputado federal. Perdem a eleição para Janary Nunes após apuração das urnas.

 

Em 1969, ano histórico do pouso do módulo Águia na Lua, com o astronauta Neil Armstrong caminhando em solo lunar, João Lourenço conquista o primeiro lugar no tradicional concurso de desfile cívico de 7 de setembro. A engenhosa maquete do módulo Águia, por ele criada em tamanho natural, desperta efusivos aplausos de populares ao longo da avenida Fab. Em meados dos anos 70, foi o responsável pelo processo de implantação e organização do chamado curso ginasial nos municípios de Oiapoque e Amapá, grande desafio por ele executado, e com pleno êxito, fato que o guindou ao cargo de Chefe da Equipe de Orçamento e Finanças, Coordenadoria Setorial de Planejamento, da Secretaria de Educação e Cultura, até 1985. Neste mesmo ano, na Secretaria de Administração/Sead, na qualidade de presidente, organiza a Comissão Permanente de Licitação do governo amapaense e depois assume a chefia da Coordenadoria Setorial de Planejamento da mesma secretaria. Em 1990, é aposentado através da Portaria 0104 de 22 de janeiro de 1990, devidamente publicada no Diário Oficial da União. Em 1991, é convidado a assumir a Divisão de Orçamento e Planejamento do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá, e depois a Secretaria de Controle Interno do referido tribunal, dando considerável contribuição para organizar sua estrutura organizacional.

 

Na Maçonaria, foi iniciado em 1991 na Augusta e Respeitável Loja Maçônica Tiradentes 2599, filiada ao Grande Oriente do Brasil, logo notabilizando-se como profundo conhecedor dos augustos mistérios da Arte Real. Na Grande Loja Maçônica do Amapá exerceu diversos cargos, tendo assumido o cargo de Venerável Mestre da Loja Maçônica Duque de Caxias nº 01, em 1996. Em 2008, junto com outros irmãos, funda a Academia Amapaense Maçônica de Letras, projeto idealizado pela Cruz da Perfeição Maçônica do Amapá, Raimundo dos Santos Lopes, deixando assim um grande legado de conhecimento e retidão para as gerações vindouras.

 

Como um viajante das estrelas, João Lourenço da Silva, um eterno buscador, agora buscará o infinito…

 

Viajará, e conhecerá mundos inimagináveis…