Wellington Silva

Nós tucujus e a CNDR


 

Era o ano de 2013, governo Dilma Roussef, e lá estavam presentes em Brasília 443 delegados e delegadas de todas as regiões do país para participarem da I Conferência Nacional do Desenvolvimento Regional, a I CNDR, evento que se desenvolveu em uma semana de programação no período de 18 a 22 de março de 2013 no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21.

 

Eu e o velho amigo de trabalho Álvaro, da Seplan, fomos indicados com muita honra para representar o Amapá e a Seplan como delegados neste importante evento, evento que começou aqui mesmo no Amapá, no período de 20 a 22 de setembro de 2012, em sua etapa inicial regional. Depois, foi logo realizada a etapa macrorregional Norte, em Belém do Pará, no auditório da SUDAM, no período de 29 a 31 de outubro de 2012. Nesta ocasião fomos escolhidos por Mestres, Professores Doutores, PHD’s para a Relatoria do Eixo Temático Financiamento do Desenvolvimento Regional.

 

Finalmente chegando à etapa nacional tanto nortistas como nordestinos logo observaram, por exemplo, o peso da articulação sulista. Nos bastidores eles já articulavam votos com suas poderosas delegações para que a grande maioria possível de suas propostas prevalecessem.

 

Neste momento crucial fizemos uma grande reunião reservada no Hotel Nacional, local onde ficamos hospedados, conseguindo unir Norte e Nordeste numa frente única!

 

No final, deu tudo muitíssimo certo!

 

Conseguimos com uma união histórica de nortistas e nordestinos propor e democraticamente aprovar, NO VOTO, excelentes propostas de interesse regional não só para o Amapá como também para a Amazônia e para o Nordeste.

 

No documento histórico intitulado Caderno de Propostas da CNDR, Guia do Participante, particularmente conseguimos aprovar, por exemplo, importante proposta norteadora, e bem votada, a Proposta 2.23: Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, página 63:

 

“Criar conselho gestor permanente, composto pelo poder público, empreendedores, e sociedade civil, para acompanhamento, avaliação e controle dos investimentos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR)”.

 

O colega Manoel Álvaro também foi muito bem sucedido em suas articulações e conseguiu aprovar a Proposta 2.54: Compensações pela exploração de recursos naturais e geração de energia, página 67 do Caderno de Propostas da CNDR, Guia do Participante:

 

“Definir política de compensações financeiras e sociais, vinculada à PNDR (Política Nacional de Desenvolvimento Regional), pela exploração econômica dos recursos naturais e pela geração de energia, exigindo investimentos proporcionais para grandes projetos, de modo a beneficiar a população local com o desenvolvimento sustentável, inclusive por meio de descontos sobre o valor da tarifa de energia elétrica para os consumidores estabelecidos em estados produtores de energia”.

 

Colegas de luta como Aderlan e Henrique também muito se empenharam na CNDR, sendo o primeiro em defesa das escolas família agrícola e o segundo como importante ator na construção da Carta da CNDR.

 

Quando hoje muito se fala em fundo de desenvolvimento regional não podemos esquecer dos delegados envolvidos neste processo, em 2013, na CNDR em Brasilia!

 

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