Wellington Silva

Os predadores estão de volta!


 

Os predadores estão de volta, e sem um controle efetivo contra eles, clandestinamente usando e abusando do espaço aéreo amazônico para transporte ilegal do ouro abruptamente extraído das terras Yanomami.

 

Atualmente, o chamado “garimpo do Rangel” está altamente operativo, lá operando exploradores fortemente armados, com maquinários pesados, diversos acampamentos espalhados, e até um moderno aparelho de internet interligado por via satélite.

 

Diversas lideranças indígenas, como Dário Kopenawa, Vice-Presidente da Hutukara Associação, uma das entidades mais representativas do território, vem ultimamente constatando que a atividade ilegal de garimpo em terras Yanomami não recrudesceu, muito pelo contrário, vem crescendo cada vez mais, apresentando um aumento de 6% !

 

As condições médicas para os Yanomamis voltaram a se agravar com a nova incidência de contaminação de rios, tudo por conta do uso e despejo indiscriminado de mercúrio, e outros metais pesados, para lavra e seleção do ouro.

 

Tristemente e lamentavelmente, a unidade de saúde que atendia os nativos na região de Surucucu foi desmontada, assim como a Casa de Saúde Indígena, em Boa Vista.

 

Uma indígena Yanomami declarou que “na minha comunidade, na região do Xiriana, o garimpo está crescendo muito e o rio está poluído! As crianças estão muito fracas! É preciso que as autoridades retirem os garimpeiros das comunidades”, desabafou!

 

De acordo com Felipe Finger, Coordenador do Grupo Especial de Fiscalização, grupo de elite do Ibama, “hoje as operações sofrem com problemas de logística. As Forças Armadas desativaram um ponto de apoio dentro da reserva, que permitia o reabastecimento dos helicópteros de fiscalização.”

 

Pelo que se percebe, houve o cometimento de uma série de graves erros, desde a absurda desativação de unidades de saúde até o cancelamento do tão necessário apoio logístico para as atividades de fiscalização do Ibama. No mínimo, deveria urgentemente ser instalada uma base militar permanente, com um efetivo permanente de tropas, de equipamentos, helicópteros, aviões, não só para cobrir todo o espaço aéreo como também para um combate mais efetivo a estes predadores do meio ambiente!

 

E daí perguntamos:

Será que tem “angu” e até “artista” nesta jogada ou movimentação política contra os Yanomamis?